terça-feira, 30 de setembro de 2014

Top Gun - Ases Indomáveis / Top Gun (1986)



O cinema produziu inúmeros filmes com histórias de esquadrões aéreos. Porém em Top Gun – Ases Indomáveis / Top Gun (1986), o diretor Tony Scott foi inovador, porque colocou a agilidade das manobras dos aviões de alta velocidade na telona. Você acompanhará as manobras de treinamento e combate, decolagens e pousos em porta-aviões com câmeras posicionadas na cabine, asas e lemes de direção dos aviões. Esse verdadeiro show de imagens, acompanhado de uma trilha sonora empolgante, fez com que Top Gun – Ases Indomáveis se tornasse o longa-metragem de aviação militar mais lembrado da história do cinema! Os cenários são deslumbrantes e a agilidade da edição é perfeita. Você se sentirá como um piloto de caça, voando a 900 quilômetros por hora, ao som das melhores trilhas dos anos 80. O filme possui uma legião de fãs pelo mundo e até hoje não houve um concorrente que tenha sido tão empolgante.




A história do longa-metragem traz o jovem e impulsivo Pete Mitchell (Tom Cruise), piloto de caça da marinha norte-americana, conhecido pelo nome de pista Maverick. Sua rebeldia tem origem emocional, porque ele jamais aceitou a versão oficial sobre a morte de seu pai em um combate aéreo em 1955. O comandante escolheu seus companheiros Cougar (John Stockwell) e Merlin (Tim Robbins) para o curso de 8 semanas na Academia Aérea da Marinha, chamada pelos pilotos de Top Gun.




Evidentemente Maverick não gostou da escolha porque sonhava em participar do esquadrão Top Gun, mas teve que aceitar a decisão de seu superior hierárquico. nesperadamente o piloto Cougar desistiu do curso, alegando que seu primeiro filho tinha nascido e a dupla reserva Maverick e Goose (Anthony Edwards) ganhou a vaga, porém o comandante fez questão de deixar claro para Maverick que devido a sua impulsividade, seu perfil não era o adequado para ser um Top Gun e que ele jamais deveria esquecer que só conseguiu a vaga porque Cougar havia desistido.




O elenco do filme foi muito bem escalado, mas o destaque é para o romance entre o casal Maverick e Charlotte (Kelly McGillis). Para conquistá-la o galã até cantou “You´ve lost that loving feeling” de Johnny Rivers. Aos poucos ela foi ficando completamente apaixonada! O amor deles ficou ainda mais cinematográfico porque aconteceu na bela e ensolarada Califórnia. Val Kilmer estava perfeito como o piloto Tom Kasanzky, o Iceman! A atriz Meg Ryan estreou em Top Gun como Carole Bradshaw, a esposa de Goose. Além do romance, Top Gun é repleto de cenas de ação inesquecíveis, porém a mais marcante para mim foi aquela em que Maverick e Goose decolaram para cumprir mais uma missão simulada e o inesperado acontece. Ao executar uma manobra, Maverick percebeu que perdeu um dos dois propulsores. Goose deu o alerta sobre o procedimento de emergência, mas em seguida o outro propulsor apaga. O jato F-14 entra num parafuso chato e não há como recuperá-lo. Segundos depois, Maverick e Goose são ejetados, caem de paraquedas no mar e são resgatados pela Guarda Costeira.





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K-19: The Widowmaker / K-19: The Widowmaker (2002)

 
Foto: TPS Dave



Infelizmente K-19: The Widowmaker / K-19: The Widowmaker (2002) não teve muita repercussão nos cinemas. Poucas pessoas tiveram o interesse de assistir ao filme que conta uma das melhores histórias sobre o período da Guerra Fria. O longa-metragem é baseado na história real da tripulação de um submarino nuclear da União Soviética no ano de 1961. É muito importante destacar que o comando soviético fez questão de arquivar esse episódio para que fosse esquecido para sempre, porém após 28 anos os acontecimentos históricos ressurgiram após o fim do Comunismo em 1989. Widowmaker significa aquele que faz viúvas. Em 1961 o presidente norte-americano era John F. Kennedy (1961-1963) e seu país lutava contra a expansão do comunismo. Já o líder político comunista era Nikita Khrushchov (1953-1964) que lutava para manter os princípios comunistas. A tensão da Guerra Fria era enorme e qualquer incidente entre os dois países poderia iniciar a Terceira Guerra Mundial.




Durante o período da Guerra Fria, a União Soviética decidiu lançar o submarino nuclear K-19 e infelizmente o cronograma de construção foi acelerado. O capitão escolhido para a primeira missão foi Alexei Vostrikov (Harrison Ford), tendo como primeiro oficial Mikhail Polenin (Liam Neeson) e como oficial responsável pelo reator nuclear o jovem Vadim Ratchenko (Peter Sarsgaard). O K-19 navegou pelo Oceano Glacial Ártico abaixo das imensas geleiras e mais ao norte emergiu rasgando a camada de gelo. Após a parada completa do submarino, um compartimento foi aberto e expôs um míssil nuclear. Alguns segundos depois houve o lançamento ruidoso acompanhado de uma cortina de fumaça. O míssil ganhou altura verticalmente e explodiu no céu azul sem nuvens bem acima da geleira. A missão do K-19 estava cumprida! Na minha opinião, a cena do lançamento do míssil já valeu o ingresso.




Com o sucesso da missão, os marinheiros saíram do submarino para aliviar o estresse claustrofóbico jogando futebol no gelo. A música clássica escolhida tornou essa cena inesquecível. Depois do jogo, os tripulantes tiraram uma foto de recordação, que imortalizou a primeira tripulação do K-19. Quando navegavam de volta para a União Soviética, o capitão Vostrikov informou que Moscou determinou que o submarino seguiria rumo a costa leste dos Estados Unidos para navegar entre Washington e Nova Iorque. Algumas horas depois ocorreu uma pequena explosão no reator! Houve vazamento de radiação no compartimento do submarino, a temperatura começou a subir rapidamente e surgiu o risco de uma explosão gigantesca de 1.4 megatons.




O grande risco de uma explosão nuclear do K-19 na costa leste dos Estados Unidos, no período da Guerra Fria, seria os norte-americanos interpretarem o fato como um ataque da União Soviética. Dessa forma o contra-ataque poderia iniciar a 3ª Guerra Mundial. Como os desdobramentos dessa história real poderiam ser catastróficos, a tripulação do K-19 precisava decidir como proceder diante do risco de explosão. A primeira opção seria pedir ajuda aos norte-americanos, mas a rivalidade inviabilizava o pedido. A segunda opção seria submergir o K-19 e navegar a maior distância possível rumo a União Soviética. A terceira opção seria a tripulação tentar conter o vazamento radioativo para diminuir a temperatura do reator e eliminar o risco da explosão. O tempo é o maior inimigo da tripulação e o capitão Vostrikov precisa decidir o mais rápido possível. O longa-metragem é uma aula de história, que me emocionou muito e que me fez pensar em conceitos como honra, hierarquia e coragem.


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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Grease: Nos Tempos da Brilhantina / Grease (1978)



As pessoas ficam espantadas quando eu digo que assisti ao longa-metragem Grease: Nos Tempos da Brilhantina / Grease (1978) no cinema! Os amigos do meu irmão mais velho combinaram de assistir ao filme na sessão de sábado à tarde. Minha mãe decidiu levá-lo ao cinema de carro e eu acabei indo junto. Era um cineteatro antigo de esquina, com a entrada de frente para a rua, repleto de pôsteres de filmes e uma pequena bombonière. Meu irmão encontrou seus amigos, compraram ingressos e foram entrando. Meu olhar deve ter demonstrado tanto a minha vontade de entrar, que o bendito porteiro perguntou para minha mãe se eu também iria assistir ao filme. Ela respondeu que não sabia se isso seria possível pela minha idade. Ele disse que não haveria problema. Dei um beijo na minha mãe e entrei correndo naquela sala gigantesca, que tinha até um palco para encenações de teatro e um pé direito de uns 15 metros de altura. Naquela tarde eu não imaginava que estava assistindo um musical que marcaria a minha vida para sempre!




Nas férias de verão na Califórnia, no final dos anos 50, Danny Zuko (John Travolta) conhece Sandy Olsson (Olivia Newton-John). O casal se apaixona! Apesar das juras de amor, os jovens sofrem, porque logo a família dela voltará para a Austrália. Logo as aulas começam e Zuko, o rapaz mais popular do colégio, chega com seu jeito rebelde. Por uma ironia do destino, a garota Sandy fica nos Estados Unidos para estudar e se matricula por acaso no mesmo colégio dele. Quando eles se reencontram ela fica radiante e ele finge que nem se lembra dela para manter sua fama de rebelde conquistador.




Zuko reflete muito bem a alma masculina! É capaz de perder um grande amor para manter a sua fama de rebelde conquistador. Já Sandy representa a alma feminina, que mesmo apaixonada por um rapaz problemático, acredita na redenção do amado. Além do casal principal, o longa-metragem nos presenteia com personagens secundários cativantes que formam os T-Birds e as Pink Ladies.




O elenco secundário é fundamental para o sucesso do longa-metragem! Os personagens Kenickie Willians (Jeff Conaway) e Sonny Lattiery (Michael Tucci) se destacam como membros dos T-Birds. Já as personagens Jan Martin (Jamie Donnelly) e Betty Rizzo (Stockard Channing) cativam pelo charme como Pink Ladies. Aliás o romance do casal coadjuvante Kenickie e Betty Rizzo cativa o público porque é verdadeiro e não é meloso!




A senhora McGee (Eve Ardem) ganha destaque como Diretora em fim de carreira que só tem forças para lamentar o comportamento inconveniente de parte dos alunos do colégio. Uma curiosidade sobre o elenco é que o ator John Travolta tinha 24 anos quando interpretou Danny Zuko no longa-metragem Grease - Nos Tempos da Brilhantina, porém já tinha participado aos 18 anos da peça Grease na Broadway, interpretando o personagem Kenickie Willians, amigo de Zuko.




O longa-metragem possui inúmeras cenas inesquecíveis, mas a minha preferida é aquela em que os T-Birds cantam Greased Lightning na oficina. A música tem um ritmo empolgante e a coreografia é criativa porque utiliza até um motor. Afinal de contas, qual a turma de rapazes que um dia não sonhou em transformar o carro velho numa máquina possante? E como afirma a letra da música: carburador envenenado, calota cromada e vão chover garotas pra gente curtir! Grease é aquele filme que faz as pessoas saírem do cinema com vontade de dançar! A trilha sonora do filme é maravilhosa e as coreografias são empolgantes. O diretor Randal Kleiser conseguiu transpor para a tela o universo dos jovens americanos do final dos anos 50, reconstruindo o figurino e caprichando na cenografia.




Um filme impecável, que foi classificado entre os 25 melhores do gênero musical na história do cinema e que recebeu uma bela homenagem da série Glee.




 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Planeta dos Macacos: O Confronto / Dawn of the Planet of the Apes (2014)



Eu assisti ao longa-metragem Planeta dos Macacos: O Confronto / Dawn of the Planet of the Apes (2014) no cinema! Sou completamente apaixonado pela franquia que começou em 1968 e já produziu 8 longas-metragens, 1 seriado para televisão e 1 série de desenhos animados. Como fã estou muito satisfeito com a revitalização da franquia iniciada em 2011. Na minha opinião os novos filmes são inovadores e criativos! Na antiga franquia de 1968, o roteiro determinava que aquele futuro distópico com macacos evoluídos, tinha sido originado após uma explosão atômica. Já na franquia de 2011 a evolução dos macacos ocorreu a partir da criação da droga ALZ-112, que desencadeou a neurogênese, aumentando a inteligência dos macacos. Enquanto o antigo longa-metragem focava no medo de uma catástrofe nuclear, o novo foca no medo da manipulação de vírus em laboratório. Para mim o grande mérito dos dois novos filmes é trazer novamente a temática dos macacos para o cinema, respeitando fatos importantes ocorridos na antiga franquia e homenageando personagens clássicos.






A história continua 10 anos após o término de Planeta dos Macacos: A Origem. César (Andy Serkis) e os outros macacos atravessaram a ponte da cidade de São Francisco e foram viver em paz na floresta. Grande parte da população humana foi dizimada nesse período por causa de um vírus, batizado de Vírus Símio, que era tão letal que a cada 500 humanos infectados somente 1 sobrevivia. A cidade estava em ruínas e os humanos sobreviventes decidiram restabelecer a energia elétrica, porém a usina hidrelétrica estava localizada justamente na floresta dominada pelos macacos. O humano Malcolm (Jason Clarke) se ofereceu para dialogar com César, o líder dos macacos, para pedir sua autorização para que os humanos pudessem trabalhar naquele território. Poucos minutos após entrar na floresta, Malcolm e seus amigos já estavam cercados por um grupo enorme de macacos. Ele pediu para conversar com César e já na presença do líder, o humano percebeu a hostilidade de um grupo de macacos liderados por Koba (Toby Kebbell), o melhor amigo do líder César.






No longa-metragem Planeta dos Macacos: O Confronto, o diretor Matt Reeves fez questão de mostrar a organização social e cultural dos macacos. Graças a técnica de captura de movimentos, cada macaco possui uma característica própria, que facilita sua identificação. O roteiro foi perfeito ao mostrar que César possuía lembranças afetivas de seu tutor Will Rodman (James Franco), que aparecia no filme anterior e que provavelmente morreu infectado. Isso justificou o perfil conciliador de César em relação ao humanos e embasou todas as suas decisões como líder dos macacos. Outro ponto importante do roteiro foi romper com estereótipos, porque existem personagens bondosos e malvados, sejam eles humanos ou macacos! Nessa sociedade caótica surgiram confrontos empolgantes que valorizaram ainda mais a história do filme. Tantas qualidades credenciam o filme como um dos melhores do Verão Americano 2014. Tentando imaginar como será o futuro dessa história, ficarei aguardando ansiosamente o desfecho da franquia que chegará aos cinemas em 2017.


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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pequena Miss Sunshine / Little Miss Sunshine (2006)

Foto: Nemo



Quando assisti ao longa-metragem Pequena Miss Sunshine / Little Miss Sunshine (2006) no cinema fiquei impressionado com a profundidade emocional dos personagens. Tendo como pano de fundo o concurso de beleza para crianças chamado “Pequena Miss Sunshine”, aos poucos a história focou na personalidade dos membros dessa família problemática. Richard (Greg Kinnear) era um pai ausente que sonhava em ser um escritor famoso enquanto Sheryl (Toni Collette) era a mãe sofredora que amava e odiava a família ao mesmo tempo. Dwayne (Paul Dano) era o filho que mantinha a promessa de voto de silêncio enquanto não fosse admitido na Aeronáutica e Olive (Abigail Breslin) era a filha esquisita que delirava ao sonhar em ser a futura Miss América. Tio Frank (Steve Carell) era um homossexual deprimido que tentou suicídio por causa de uma desilusão amorosa enquanto o Vovô (Alan Arkin) era um rebelde viciado em heroína e sexo.




A imperfeição dos personagens é apaixonante! A disfunção familiar ocorreu porque ao longo dos anos os membros dessa família foram se afastando devido aos seus dramas e objetivos pessoais. Para realizar o sonho da pequena Olive, os membros da família acabaram embarcando numa aventura dentro de uma Kombi. A família Hoover decidiu viajar 1300 quilômetros entre o Novo México e a Califórnia para que Olive possa participar do concurso de beleza “Pequena Miss Sunshine”. O que os membros dessa família não imaginam é que essa viagem mudará a vida de cada um deles para sempre. Confinados no veículo eles passam a conversar sobre sonhos, desejos, frustrações e perdas. Numa espécie de terapia em grupo, aos poucos foram percebendo que existem soluções para seus dramas, desde que estejam dispostos a se modificar. O filme foi um sucesso de público e crítica porque a imperfeição dos personagens nos aproxima cada vez mais deles.




A direção foi da dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris. O filme possui inúmeras cenas emocionantes, porém a minha preferida é aquele em que a menina Olive chora e diz para seu avô que está com medo de perder o concurso. Com um olhar doce e meigo ele diz para a neta que o verdadeiro perdedor é aquele que tem tanto medo de perder, que nem mesmo tenta! Pequena Miss Sunshine é um road movie que utiliza o humor para discutir problemas sérios. A crítica aos concursos de beleza infantis é muito dura e só mesmo o humor para mostrar o quanto é ridículo expor crianças a padrões de concursos para adultas. As meninas pareciam bonecas e seus pais pareciam complemente insanos. Para abrilhantar ainda mais o longa-metragem o tema principal da trilha sonora foi gravado pelo quarteto DeVotchKa que traz ainda mais charme para as cenas. Pequena Miss Sunshine é um Road Movie que surpreendeu porque de forma bem humorada nos guia para os mais escondidos dramas da alma humana!


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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro / The Amazing Spider-Man 2 (2014)




Acredito que o Homem-Aranha seja um dos personagem mais populares da MARVEL. Numa época em que poucos heróis chegavam ao cinema, apaixonei-me pelo seriado The Amazing Spider Man, protagonizado pelo ator Nicholas Hammond, que passava na televisão no início da década de 80. Confesso que achava estranho o Homem-Aranha com um lançador de teias prateado no pulso esquerdo e um cinto também prateado na cintura. Mesmo assim, fiz questão de colecionar o álbum de figurinhas da série que está bem guardado até hoje! Como fã do personagem, a minha expectativa para o longa-metragem O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro / The Amazing Spider-Man 2 era enorme. Infelizmente eu não fiquei empolgado com o filme anterior, chamado O Espetacular Homem-Aranha (2012), porque na minha opinião, o diretor Mark Webb não valorizou a trilogia de Sam Raimi. Ele simplesmente ignorou alguns personagens como J.J. Jameson e retornou com situações já muito conhecidas do público como o assassinato do tio Ben. 




Como fã da antiga trilogia de Sam Raimi, confesso que ainda estranho o clima mais juvenil da nova franquia, embora Andrew Garfield e Emma Stone estejam bem como Peter Parker e Gwen Stacy. Além do casal, o ator Dane Dehaan que interpretou Harry Osborn também surpreendeu positivamente. Todos estão parecidos com os personagens dos quadrinhos e isso agradou aos fãs do gênero. Eu assisti ao longa-metragem O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro no cinema em 3D e fiquei maravilhado com as cenas em que o recurso foi exigido! O diretor Mark Webb, já na primeira cena, aproxima a câmera de um relógio para deixar claro que a passagem do tempo marcará tanto a história do Homem-Aranha como a de Peter Parker. Os meses passaram e Peter se culpa porque não conseguiu cumprir a promessa feita ao Capitão George Stacy de se afastar de Gwen, a filha do militar, para protegê-la dos inimigos do Homem-Aranha. Contrariando a sua promessa, Peter e Gwen estão namorando. 




A qualidade dos efeitos especiais impressiona! O recurso do 3D está maravilhoso nas cenas em que o nosso herói passa entre os arranha-céus. Além disso o uniforme está muito melhor que o do filme O Espetacular Homem-Aranha. O design traz referências dos quadrinhos, como a textura do uniforme e principalmente os grandes olhos brancos da máscara. O vilão do título se apresenta aos fãs numa cena maravilhosa na Times Square e foi empolgante a sequência de luta entre o Homem-Aranha e Electro. Duende Verde também apareceu e na minha opinião é o melhor rival do aracnídeo no longa-metragem. Apesar de entrar na história mais próximo do desfecho final, cria um arco dramático impressionante e se credencia para o terceiro filme da franquia. Já o vilão Rino aparece em apenas uma cena, sendo desafiado inicialmente por alguém muito especial. Uma cena emocionante! 




A OSCORP aparece na história e na cena em que um personagem encontra a armadura do Duende Verde, aparecem rapidamente as armaduras do Abutre, Rino e Dr Octopus. Será que Marc Webb está formando nessa franquia o Sexteto Sinistro, que nos quadrinhos era formado por Electro, Rino, Abutre, Dr Octopus, Homem-Areia e Shocker? Criando inúmeras possibilidades futuras, acredito que O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro é muito superior ao primeiro filme da franquia. Um ponto muito positivo é que o Homem-Aranha está fazendo piadinhas nos momentos mais tensos, da mesma forma como faz nos quadrinhos! Os fãs adoraram esse traço da personalidade do herói nas telas do cinema. Ao que tudo indica, a franquia está se inspirando no personagem dos quadrinhos. Esse filme trouxe mais cenas de ação que no primeiro, piadas dignas do personagem e um arco dramático extraordinariamente denso. Assim fica claro que o diretor Mark Webb, vai aos poucos construindo uma franquia que agrada cada vez mais aos fãs do Homem-Aranha pelo mundo, mas que precisa provar ao estúdio a sua força nas bilheterias. 


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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Getúlio (2014)



Infelizmente uma grande parte do público brasileiro ainda possui preconceito em relação aos filmes nacionais. Essa imagem deve ter sido construída a partir de títulos de comédias duvidosas repletas de situações clichês e palavrões. Felizmente o filme Getúlio, dirigido por João Jardim, trouxe muita qualidade para o cinema! O longa-metragem conta os últimos dias do governo de Getúlio Vargas em agosto de 1954. O atentado ao jornalista de oposição Carlos Lacerda, que traria turbulência ao governo de Getúlio, foi retratado nos mínimos detalhes. A opinião pública fica perplexa com a versão de que teria sido Getúlio o mentor do atentado e as pressões ao presidente só aumentavam. Lideranças militares e políticos de oposição exigem a renúncia de Getúlio, que fica inconformado ao ser informado que a ordem para o atentado saiu de dentro do Palácio do Catete. O tenente Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente, foi acusado como mandante e o caos político se instala no governo de Getúlio Vargas.




O cinema nos presenteia com uma aula de história, através de interpretações magníficas e cenários impecáveis. Um filme que materializa o momento histórico do Brasil da época e que ficará eternizado na história do cinema brasileiro pela sua extrema qualidade. O elenco teve o privilégio de filmar no Palácio do Catete, que era a sede do governo federal em 1954. Além disso as atuações de Tony Ramos (Getúlio Vargas), Alexandre Borges (Carlos Lacerda), Thiago Justino (Gregório Fortunato) e Drica Moraes (Alzira Vargas) estão maravilhosas. A caracterização e a maquiagem de Tony Ramos impressionam porque ele ficou muito parecido com o personagem original. Já no início o filme traz uma tela preta e ouvimos a voz do personagem Getúlio Dornelles Vargas assumindo que tinha sido um ditador, mas que não se arrependia. 




Como ditador na era do Estado Novo (1930 a 1945) conquistou a povo mais carente do país com ações populistas e nacionalistas, com o objetivo de manter-se por muitos anos no poder. Criou o salário mínimo, carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas, férias remuneradas e ganhou a alcunha de “pai dos pobres”. Após um golpe militar foi deposto do poder em 1945, mas prometeu que voltaria. Foi eleito democraticamente presidente do Brasil através do voto direto na eleição de 1950 pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Getúlio Vargas tinha carisma e foi interessante perceber que muitas pessoas da melhor idade que estavam no cinema e que eram jovens em 1954, ficaram emocionadas quando o personagem surgiu na tela do cinema. 




O filme mostrou que os escândalos de corrupção em seu governo eram cada vez maiores. A oposição de Carlos Lacerda e Afonso Arinos de Melo Franco era implacável. Ambos exigiram publicamente a renúncia do presidente! No longa-metragem ainda vimos que os militares utilizaram o atentado da Rua Tonelero para desestabilizar o governo, induzindo que Gregório Fortunato contratou os pistoleiros para matar Carlos Lacerda em nome de Getúlio Vargas. É impressionante perceber que grande parte dos militares que ameaçaram Vargas, inclusive com deposição e prisão, estava envolvida no Golpe Militar de 1964. No desfecho do filme o diretor exibiu imagens reais do velório de Getúlio Vargas enquanto o personagem, interpretado pelo talentoso Tony Ramos, narrou as últimas palavras escritas pelo presidente em sua Carta Testamento em 24 de agosto de 1954: “Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Getúlio Vargas)



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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Duro de Matar / Die Hard (1988)


Duro de Matar / Die Hard (1988) é um filme que definitivamente não envelheceu pela qualidade do trabalho do diretor John McTiernan. Foi lançado numa época em que os heróis eram praticamente indestrutíveis e nos apresentou um personagem totalmente diferente dos padrões. Na década de 80, os clássicos Comando para Matar e Rambo, tinham protagonistas indestrutíveis que matavam centenas de homens sem levar um único tiro. Nesse cenário surgiu John McClane (Bruce Willis), um policial de Nova Iorque que viajou para passar o Natal com a família em Los Angeles. Sua esposa Holly Gennero McClane (Bonnie Bedelia) era uma bem-sucedida executiva numa multinacional baseada no Nakatomi Plaza, o edifício mais alto da cidade. O casal se encontrou no escritório dela, mas quando se preparavam para ir para casa, terroristas alemães invadiram o edifício. O objetivo deles era roubar milhões de dólares em ações e passaram a controlar todo o sistema de segurança do Nakatomi Plaza para minimizarem os riscos. O que eles não imaginavam é que John McClane era o cara certo no lugar errado, disposto a atrapalhar os planos do grupo terrorista liderado por Hans Gruber.




As cenas de ação do longa-metragem são de tirar o fôlego porque só utilizam efeitos práticos. Numa das sequências John McClane arremessa uma bomba amarrada a uma cadeira no fosso do elevador. O estrago é impressionante! Em outro momento do filme, uma bomba está prestes a explodir na cobertura do prédio e McClane amarrou a mangueira de incêndio em seu corpo e pulou no vazio segundos antes da enorme explosão. Essa sequência é inesquecível para os fãs do gênero! As ironias e provocações entre o policial e o líder dos terroristas ocorrem durante todo o filme. Hans Gruber (Alan Rickman) ficou impressionado com a capacidade de articulação de McClane, mas faz questão de dizer via rádio, que o americano não terá um final feliz como o cowboy John Wayne. Duro de Matar é definitivamente um filme de ação nos moldes antigos, com tiros à queima-roupa, muito sangue e explosões reais. O personagem John McClane cativa o público porque é um policial durão que possui bom humor e ironia. Se você optar pela versão em português terá o privilégio de ouvir a dublagem perfeita de Newton da Matta, dublador oficial de Bruce Willis, que infelizmente faleceu em 2006. 




O que mais impressiona na história de bastidores de Duro de Matar é que o estúdio não mostrou o rosto de Bruce Willis no pôster original para os cinemas, porque não queria que as pessoas associassem John McClane com o seu personagem David Addison no seriado A Gata e o Rato (1985-1989). Bruce Willis não possuía o estereótipo do herói daquela época e não foi o primeiro ator a ser convidado para interpretar o personagem. Depois que o filme começou a bater recordes de bilheteria, um novo pôster foi divulgado pelo estúdio, agora com o rosto de Willis em destaque. Baseado na obra The Detective (1966) do escritor Roderick Thorp, o longa-metragem é muito melhor que o livro. Na literatura John McClaine se chama Joe Leland e estava aposentado, quando foi visitar sua filha que trabalhava num prédio muito alto e moderno. Na minha opinião, trocar a filha pela esposa, enriquece o roteiro do filme porque McClaine não mediu esforços para livrar a sua esposa Holly Gennero McClane das mãos dos terroristas. Definitivamente Duro de Matar é um filme de ação que conquistou uma geração de fãs porque nem mesmo o tempo ofuscou o seu brilho. 



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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Diário de uma Paixão / The Notebook (2004)



Se você procura um filme romântico, para assistir ao lado do seu amor, Diário de uma Paixão / The Notebook (2004) é perfeito para a ocasião. É considerado pelas mulheres como o filme mais romântico dos últimos 10 anos! O longa-metragem, dirigido por Nick Cassavetes, começa acertando na escolha do elenco. James Garner e Gena Rowlands, emocionam com a relação de companheirismo e amor entre pessoas da melhor idade. Já Ryan Gosling e Rachel McAdams, trazem o vigor da primeira paixão. A trilha sonora composta pelo pouco conhecido Aaron Zigman é apaixonante! As locações do longa-metragem são deslumbrantes. Tenho a certeza de que você também irá se apaixonar pela Mansão Windsor, com sua fachada branca e suas janelas azuis!

A história é baseada no livro homônimo do escritor Nicholas Sparks e na minha opinião é a melhor adaptação cinematográfica do renomado escritor. Diário de uma Paixão começa numa casa de repouso, onde Duke lê as histórias de um velho diário, para uma senhora com sérios problemas de memória. As páginas descreviam o romance entre Noah Calhoun e Allie Hamilton, que começou no verão de 1940 em Seabrook. Noah era um rapaz humilde, que ganhava a vida trabalhando numa serraria. Já Allie era uma estudante rica, que estava de férias e que sonhava com a universidade. Numa noite eles se encontraram no parque de diversões e Noah se apaixonou à primeira vista. Ela esnobou o rapaz, mas logo descobriu o quanto ele era simples e especial. 

 

O verão passava e os pais de Allie não gostavam daquele romance. Numa noite estrelada Noah levou Allie para as ruínas da Mansão Windsor. Ele disse que sonhava em comprar a mansão e ela afirmou que a casa deveria ser branca com janelas azuis. Na manhã seguinte, as férias de Allie estavam encerradas e ela foi obrigada a viajar sem chance de se despedir de Noah. A beleza do longa-metragem surge a partir da construção do romance entre Allie e Noah no verão de 1940. A poesia do primeiro amor encanta o público romântico! A torcida pelo casal é gigantesca, enquanto a raiva em relação aos seus pais só aumenta.




É frustrante perceber a manipulação familiar, induziu Allie para um noivado sem brilho com Lon Hammond. No dia da prova final do vestido de noiva, suas amigas mostraram que o seu casamento tinha sido destaque na coluna social da cidade. Allie pega o jornal e vê uma imagem abaixo da coluna social e desmaia. Era a foto de Noah, o novo proprietário da Mansão Windsor, com a fachada branca, janelas azuis e próxima ao lago. O amor do passado ressurge com força! Agora Allie precisa decidir entre a segurança financeira de um casamento com Lon Hammond ou a incerteza de um amor juvenil por Noah Calhoun. Com um desfecho impressionante, Diário de uma Paixão é um novo clássico! Sou apaixonado por essa história, adoro a fotografia e amo a trilha sonora.


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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Godzilla / Godzilla (2014)



GODZILLA

Godzilla é o monstro mais conhecido do cinema! É uma criatura pré-histórica mutante que se assemelha a um dinossauro. Seu nome em japonês é Gojira que é a combinação das palavras gorila e baleia. A história do personagem conta que ele estava adormecido no subsolo do planeta e foi despertado após as explosões das bombas atômicas no Japão na Segunda Guerra Mundial em 1945. Devido a radiação ele sofreu uma mutação genética e ganhou força, tamanho e agressividade. Tem 50 metros de altura, possui escamas pelo corpo, várias barbatanas dorsais e solta fogo ou raios atômicos pela boca e seu urro é assustador. É um símbolo japonês que personifica a preocupação em relação a Radiação Atômica! O primeiro filme chamado Godzilla foi lançado em 1953 no Japão (8 anos após o bombardeio em Hiroshima e Nagazaki). Já a versão americana é de 1956 e chama-se Godzilla - O Rei dos Monstros.




Eu assisti o novo longa-metragem de Godzilla / Godzilla (2014) dirigido por Gareth Edwards no cinema. A minha expectativa era imensa porque na nova versão Godzilla tem 108 metros de altura (o dobro do tamanho original). Para que você tenha uma ideia, o jaeger Coyote Tango (Japão) do filme Pacific Rim possui 82 metros de altura e o famoso King Kong não passa de 15 metros de altura. Godzilla está assustadoramente feio e quando rugiu na telona fez as poltronas do cinema tremerem. Os MUTOS que são os vilões do filme também foram bem representados. Em tempo, descobri que a sigla MUTO quer dizer Massive Unidentified Terrestrial Organism que pode ser traduzido como Organismo Terrestre Sólido Não Identificado. Como fã do gênero Tokusatsu (filmes japoneses com efeitos especiais) eu esperava muitos embates entre os gigantes, mas para a minha surpresa a história do filme foi dividida em duas partes. Na primeira parte acompanhamos o drama familiar do cientista Joe Brody (Bryan Cranston), sua esposa Sandra (Juliette Binoche) e seu filho Ford (Aaron Taylor-Johnson). Na segunda parte os MUTOS atacam e o astro da história finalmente aparece para delírio dos fãs.




Na primeira hora do longa-metragem o diretor optou por contar a história do cientista americano Joe Brody, que mora com sua família no Japão e que detectou em suas pesquisas vários tremores no subsolo acompanhados de ruídos repetitivos. Para o cientista havia algo gigantesco se movimentando no subsolo, mas apesar de sua insistência ninguém acreditou em sua teoria. Já na segunda hora acompanhamos a vida de seu filho Ford Brody, um militar baseado também no Japão que luta com seus companheiros contra a ameaça dos MUTOS, que atacam os Estados Unidos e o Japão. Quando a situação parecia ter saído de controle, surge o imponente Godzilla que felizmente odeia os MUTOS. Para a alegria dos fãs o personagem trouxe seus elementos clássicos como o raio atômico e o golpe com a cauda. Só lamento que Godzilla tenha aparecido efetivamente somente nos últimos 20 minutos. Pelo tamanho do orçamento do filme seria possível mostrar mais o personagem Godzilla. Talvez Gareth Edwards tenha optado pelo estilo de filmagem dos anos 50 e 60, que escondia o monstro entre fumaça e nevoeiro porque os recursos técnicos eram escassos. Dessa forma ficou um gostinho de quero mais e Godzilla 2 já está confirmado para maio de 2019.