quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Duro de Matar / Die Hard (1988)


Duro de Matar / Die Hard (1988) é um filme que definitivamente não envelheceu pela qualidade do trabalho do diretor John McTiernan. Foi lançado numa época em que os heróis eram praticamente indestrutíveis e nos apresentou um personagem totalmente diferente dos padrões. Na década de 80, os clássicos Comando para Matar e Rambo, tinham protagonistas indestrutíveis que matavam centenas de homens sem levar um único tiro. Nesse cenário surgiu John McClane (Bruce Willis), um policial de Nova Iorque que viajou para passar o Natal com a família em Los Angeles. Sua esposa Holly Gennero McClane (Bonnie Bedelia) era uma bem-sucedida executiva numa multinacional baseada no Nakatomi Plaza, o edifício mais alto da cidade. O casal se encontrou no escritório dela, mas quando se preparavam para ir para casa, terroristas alemães invadiram o edifício. O objetivo deles era roubar milhões de dólares em ações e passaram a controlar todo o sistema de segurança do Nakatomi Plaza para minimizarem os riscos. O que eles não imaginavam é que John McClane era o cara certo no lugar errado, disposto a atrapalhar os planos do grupo terrorista liderado por Hans Gruber.




As cenas de ação do longa-metragem são de tirar o fôlego porque só utilizam efeitos práticos. Numa das sequências John McClane arremessa uma bomba amarrada a uma cadeira no fosso do elevador. O estrago é impressionante! Em outro momento do filme, uma bomba está prestes a explodir na cobertura do prédio e McClane amarrou a mangueira de incêndio em seu corpo e pulou no vazio segundos antes da enorme explosão. Essa sequência é inesquecível para os fãs do gênero! As ironias e provocações entre o policial e o líder dos terroristas ocorrem durante todo o filme. Hans Gruber (Alan Rickman) ficou impressionado com a capacidade de articulação de McClane, mas faz questão de dizer via rádio, que o americano não terá um final feliz como o cowboy John Wayne. Duro de Matar é definitivamente um filme de ação nos moldes antigos, com tiros à queima-roupa, muito sangue e explosões reais. O personagem John McClane cativa o público porque é um policial durão que possui bom humor e ironia. Se você optar pela versão em português terá o privilégio de ouvir a dublagem perfeita de Newton da Matta, dublador oficial de Bruce Willis, que infelizmente faleceu em 2006. 




O que mais impressiona na história de bastidores de Duro de Matar é que o estúdio não mostrou o rosto de Bruce Willis no pôster original para os cinemas, porque não queria que as pessoas associassem John McClane com o seu personagem David Addison no seriado A Gata e o Rato (1985-1989). Bruce Willis não possuía o estereótipo do herói daquela época e não foi o primeiro ator a ser convidado para interpretar o personagem. Depois que o filme começou a bater recordes de bilheteria, um novo pôster foi divulgado pelo estúdio, agora com o rosto de Willis em destaque. Baseado na obra The Detective (1966) do escritor Roderick Thorp, o longa-metragem é muito melhor que o livro. Na literatura John McClaine se chama Joe Leland e estava aposentado, quando foi visitar sua filha que trabalhava num prédio muito alto e moderno. Na minha opinião, trocar a filha pela esposa, enriquece o roteiro do filme porque McClaine não mediu esforços para livrar a sua esposa Holly Gennero McClane das mãos dos terroristas. Definitivamente Duro de Matar é um filme de ação que conquistou uma geração de fãs porque nem mesmo o tempo ofuscou o seu brilho. 



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