Foto: Nemo
Quando assisti ao longa-metragem Pequena Miss
Sunshine / Little Miss Sunshine (2006) no cinema fiquei impressionado com a profundidade emocional
dos personagens. Tendo como pano de fundo o concurso de beleza para
crianças chamado “Pequena Miss Sunshine”, aos poucos a história
focou na personalidade dos membros dessa família problemática.
Richard (Greg Kinnear) era um pai ausente que sonhava em ser um
escritor famoso enquanto Sheryl (Toni Collette) era a mãe sofredora
que amava e odiava a família ao mesmo tempo. Dwayne (Paul Dano) era
o filho que mantinha a promessa de voto de silêncio enquanto não
fosse admitido na Aeronáutica e Olive (Abigail Breslin) era a filha
esquisita que delirava ao sonhar em ser a futura Miss América. Tio
Frank (Steve Carell) era um homossexual deprimido que tentou suicídio
por causa de uma desilusão amorosa enquanto o Vovô (Alan Arkin) era
um rebelde viciado em heroína e sexo.
A
imperfeição dos personagens é apaixonante! A disfunção familiar ocorreu porque ao longo dos anos os membros dessa família foram se
afastando devido aos seus dramas e objetivos pessoais. Para realizar
o sonho da pequena Olive, os membros da família acabaram embarcando
numa aventura dentro de uma Kombi. A família Hoover decidiu viajar
1300 quilômetros entre o Novo México e a Califórnia para que Olive
possa participar do concurso de beleza “Pequena Miss Sunshine”. O
que os membros dessa família não imaginam é que essa viagem mudará
a vida de cada um deles para sempre. Confinados no veículo eles
passam a conversar sobre sonhos, desejos, frustrações e perdas.
Numa espécie de terapia em grupo, aos poucos foram percebendo
que existem soluções para seus dramas, desde que estejam dispostos
a se modificar. O filme foi um sucesso de público e crítica
porque a imperfeição dos personagens nos aproxima cada vez mais
deles.
A
direção foi da dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris. O filme
possui inúmeras cenas emocionantes, porém a minha preferida é
aquele em que a menina Olive chora e diz para seu avô que está com
medo de perder o concurso. Com um olhar doce e meigo ele diz para a
neta que o verdadeiro perdedor é aquele que tem tanto medo de
perder, que nem mesmo tenta! Pequena Miss Sunshine é um road movie
que utiliza o humor para discutir problemas sérios. A crítica aos
concursos de beleza infantis é muito dura e só mesmo o humor para
mostrar o quanto é ridículo expor crianças a padrões de concursos
para adultas. As meninas pareciam bonecas e seus pais pareciam
complemente insanos. Para abrilhantar ainda mais o longa-metragem o
tema principal da trilha sonora foi gravado pelo quarteto DeVotchKa que traz ainda mais charme para as cenas. Pequena Miss Sunshine é um
Road Movie que surpreendeu porque de forma bem humorada nos guia para
os mais escondidos dramas da alma humana!
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