quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Cine Majestic / The Majestic (2001)



A trilogia da excelência do diretor Frank Darabont se completa com Cine Majestic / The Majestic (2001). Tão bom quanto Um Sonho de Liberdade / The Shawshank Redemption (1994) e À Espera de um Milagre / The Green Mile (1999), o filme emociona pelo contraste entre a felicidade e os dilemas de seus personagens. Confesso que fui ao cinema porque queria ver mais um drama estrelado pelo ator Jim Carrey, que tinha me impressionado muito em 1998 pelo maravilhoso filme O Show de Truman. A história de Cine Majestic começou no início da década de 50, quando o roteirista de Hollywood, Peter Appleton (Jim Carrey) foi inesperadamente demitido do estúdio. Seu desligamento forçado ocorreu porque ele tinha sido acusado de Comunista pelo Comitê Governamental (política do Macartismo), liderados por Elvin Clyde (Bob Balaban).



Desnorteado pela acusação, Appleton bebeu uns drinks e decidiu viajar pela costa oeste de carro. Naquela noite chovia muito e ao desviar de um gambá seu carro caiu de uma ponte. O impacto do carro no espelho d´água foi impressionante! Na manhã seguinte foi encontrado vivo por Stan Keller (James Whitmore) numa praia distante do local da queda, porém estava desmemoriado. Foi levado para a pequena cidade de Lawson para ser examinado pelo médico Benjamin Stanton (David Ogden Stiers), mas no caminho foi visto por Harry Trimble (Martin Landau) que chorou de emoção. Ele tinha certeza de que aquele homem era seu filho Luke Trimble, mais um jovem morador da cidade que tinha lutado na 2ª Guerra Mundial, mas que infelizmente nunca teve seu corpo encontrado.






A população local ficou feliz porque Luke era o único soldado que voltava para Lawson com vida! Mesmo desmemoriado ele reencontrou seus amigos de infância e sua namorada Adele Stanton (Laurie Holden). Animado com a volta do filho, o senhor Harry Trimble decidiu restaurar o Cine Majestic, que estava completamente abandonado. Fiquei extremamente emocionado na cena em que Harry explica ao filho porque a magia do cinema conquista as pessoas. Na minha opinião ele falou tudo aquilo que nós, apaixonados pela 7ª arte, sentimos quando estamos no sala de cinema! A reinauguração foi um sucesso e o novo gerente Luke, apoiado por Harry e o lanterninha Emmett Smith (Gerry Black), ficou muito feliz pela presença de todos os seus amigos.




Os dias foram passando e o falso Luke foi ganhando mais respeito dos moradores da pequena cidade. Assim ele convenceu o prefeito a inaugurar o monumento em homenagem aos jovens soldados de Lawson que tinham morrido na 2ª Guerra Mundial. Aos poucos ele reconquistava sua namorada Adele. Aliás, as do casal no farol possuem uma fotografia deslumbrante! Tudo parecia perfeito até que Luke recupera a memória. Completamente desesperado ele decidiu contar a verdade para todos, mas já era tarde demais. Com uma trilha sonora maravilhosa e uma atmosfera deliciosa dos anos 50, recomendo o drama Cine Majestic para todos os cinéfilos que gostam de um bom roteiro, repleto de dilemas, segredos e poesia.


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