terça-feira, 30 de setembro de 2014

K-19: The Widowmaker / K-19: The Widowmaker (2002)

 
Foto: TPS Dave



Infelizmente K-19: The Widowmaker / K-19: The Widowmaker (2002) não teve muita repercussão nos cinemas. Poucas pessoas tiveram o interesse de assistir ao filme que conta uma das melhores histórias sobre o período da Guerra Fria. O longa-metragem é baseado na história real da tripulação de um submarino nuclear da União Soviética no ano de 1961. É muito importante destacar que o comando soviético fez questão de arquivar esse episódio para que fosse esquecido para sempre, porém após 28 anos os acontecimentos históricos ressurgiram após o fim do Comunismo em 1989. Widowmaker significa aquele que faz viúvas. Em 1961 o presidente norte-americano era John F. Kennedy (1961-1963) e seu país lutava contra a expansão do comunismo. Já o líder político comunista era Nikita Khrushchov (1953-1964) que lutava para manter os princípios comunistas. A tensão da Guerra Fria era enorme e qualquer incidente entre os dois países poderia iniciar a Terceira Guerra Mundial.




Durante o período da Guerra Fria, a União Soviética decidiu lançar o submarino nuclear K-19 e infelizmente o cronograma de construção foi acelerado. O capitão escolhido para a primeira missão foi Alexei Vostrikov (Harrison Ford), tendo como primeiro oficial Mikhail Polenin (Liam Neeson) e como oficial responsável pelo reator nuclear o jovem Vadim Ratchenko (Peter Sarsgaard). O K-19 navegou pelo Oceano Glacial Ártico abaixo das imensas geleiras e mais ao norte emergiu rasgando a camada de gelo. Após a parada completa do submarino, um compartimento foi aberto e expôs um míssil nuclear. Alguns segundos depois houve o lançamento ruidoso acompanhado de uma cortina de fumaça. O míssil ganhou altura verticalmente e explodiu no céu azul sem nuvens bem acima da geleira. A missão do K-19 estava cumprida! Na minha opinião, a cena do lançamento do míssil já valeu o ingresso.




Com o sucesso da missão, os marinheiros saíram do submarino para aliviar o estresse claustrofóbico jogando futebol no gelo. A música clássica escolhida tornou essa cena inesquecível. Depois do jogo, os tripulantes tiraram uma foto de recordação, que imortalizou a primeira tripulação do K-19. Quando navegavam de volta para a União Soviética, o capitão Vostrikov informou que Moscou determinou que o submarino seguiria rumo a costa leste dos Estados Unidos para navegar entre Washington e Nova Iorque. Algumas horas depois ocorreu uma pequena explosão no reator! Houve vazamento de radiação no compartimento do submarino, a temperatura começou a subir rapidamente e surgiu o risco de uma explosão gigantesca de 1.4 megatons.




O grande risco de uma explosão nuclear do K-19 na costa leste dos Estados Unidos, no período da Guerra Fria, seria os norte-americanos interpretarem o fato como um ataque da União Soviética. Dessa forma o contra-ataque poderia iniciar a 3ª Guerra Mundial. Como os desdobramentos dessa história real poderiam ser catastróficos, a tripulação do K-19 precisava decidir como proceder diante do risco de explosão. A primeira opção seria pedir ajuda aos norte-americanos, mas a rivalidade inviabilizava o pedido. A segunda opção seria submergir o K-19 e navegar a maior distância possível rumo a União Soviética. A terceira opção seria a tripulação tentar conter o vazamento radioativo para diminuir a temperatura do reator e eliminar o risco da explosão. O tempo é o maior inimigo da tripulação e o capitão Vostrikov precisa decidir o mais rápido possível. O longa-metragem é uma aula de história, que me emocionou muito e que me fez pensar em conceitos como honra, hierarquia e coragem.


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