terça-feira, 28 de outubro de 2014

Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo / Apollo 13 (1995)

As histórias de ficção científica sempre me fascinaram. Meus olhos sempre brilharam ao ver no cinema a imensidão do espaço, a enorme quantidade de estrelas, as gigantescas espaçonaves e as mais estranhas criaturas. Esse universo é muito rico, mas as aventuras nada mais são do que fantasias criadas por roteiristas criativos. Porém eu fiquei muito surpreso quando vi o trailer do filme Apollo 13, que contava uma história real de uma tripulação que pretendia pousar na Lua. O trailer foi exibido nas férias de janeiro e eu tive que esperar até setembro para assistir ao longa-metragem no cinema. No sábado da estreia, o cinema estava lotado e como eu era o primeiro da fila pude escolher a minha poltrona preferida na sala. A crítica especializada elogiou muito a direção de Ron Howard nos jornais, afirmando que ele soube conduzir uma história que mostra de forma competente a saga dos astronautas no espaço, mas também acompanhou o drama dos familiares dos astronautas em apuros.




É importante destacar que o maior incentivador do Projeto Apollo foi o presidente John F. Kennedy. O projeto tinha como objetivo a exploração espacial coordenada pela NASA – Agência Espacial dos Estados Unidos entre 1961 e 1972. O sucesso absoluto ocorreu no dia 20 de julho de 1969, quando a espaçonave Apollo 11 pousou na Lua e o astronauta Neil Armstrong disse a famosa frase: “É um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade.” Os outros dois astronautas eram Edwin “Buzz” Aldrin (homenageado pela PIXAR com o personagem Buzz Lightyear na animação Toy Story) e Michael Collins. Após a missão da Apollo 11, os norte-americanos acreditaram que a missão já estava cumprida e o interesse pelas transmissões ao vivo pela televisão das tripulações do Projeto Apollo no espaço perderam audiência. Quando a Apollo 13 foi lançada em 11 de abril de 1970, as transmissões das entrevistas com os astronautas foram canceladas pelas redes de TV.




O longa-metragem Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo / Apollo 13 (1995) conta a história mais complicada do projeto Apollo. A tripulação convocada para cumprir a missão era composta pelo comandante Jim Lovell (Tom Hanks), Fred Haise (Bill Paxton) e Ken Mattingly (Gary Sinise). O primeiro problema surgiu quando o astronauta Ken foi diagnosticado com suspeita de rubéola poucos dias antes da viagem. Como havia o risco dele manifestar os sintomas no espaço, foi imediatamente substituído pelo astronauta Jack Swigert (Kevin Beacon). O roteiro é tão bem construído que eu lamentei muito o afastamento de Ken, porque consegui imaginar o quanto ele tinha treinado para sua missão lunar e que talvez nunca mais tivesse a oportunidade de viajar para o espaço. Finalmente a Apollo 13 decolou do Centro Espacial numa das cenas mais emocionantes da história do cinema. A viagem estava tão tranquila que o diretor de voo Gene Kranz (Ed Harris) dizia que a equipe de controle estava até entediada. Infelizmente na segunda noite a tripulação da espaçonave percebeu um tremor na parte externa e visualizaram que alguma coisa estava errada. O comandante Jim Lovell chamou o controle pelo rádio e disse a famosa frase: “Houston, nós temos um problema."




Naquele momento eles não tinham a noção da gravidade do problema porque no espaço o som não se propaga. Alguns minutos depois foram informados pelo controle que um dos dois tanques de oxigênio havia explodido. Logo os astronautas foram avisados que o pouso na Lua havia sido cancelado e que a prioridade seria voltar para casa. Fiquei triste pelo semblante de frustração dos astronautas. Após a divulgação do incidente pela NASA, a imprensa se interessou pela Apollo 13. A equipe de controle calculou que o oxigênio de um único tanque não seria capaz de suprir os 3 tripulantes e eles foram orientados a se abrigar no Módulo Lunar acoplado a nave. A única chance da Apollo 13 seria acompanhar a órbita da Lua para posteriormente encontrar o ângulo certo para escapar pela tangente rumo ao planeta Terra. Se a manobra desse certo, os astronautas deveriam voltar para a cabine do foguete antes da reentrada na atmosfera. Somente a estrutura externa do foguete poderia suportar as altíssimas temperaturas geradas pelo atrito entre a atmosfera e a estrutura metálica na nave. O risco de explosão era enorme e o país inteiro torcia pela sobrevivência dos 3 tripulantes. Confesso que me emocionei muito após o desfecho final do longa-metragem, ainda mais ao lembrar que tratava-se de uma história real. Simplesmente inesquecível.



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sábado, 25 de outubro de 2014

*_* Drops - O boato após a morte de Walt Disney



Walt Disney faleceu aos 65 anos, em 15 de dezembro de 1966, vitimado por um câncer de pulmão. Como na época a família não divulgou a causa de sua morte e também o local onde seria sepultado, surgiu o boato que seu corpo tinha sido congelado a -196 graus Celsius para reanimação futura (criônica). O fato mais assustador do boato é que o local escolhido para manter o corpo dele foi embaixo do brinquedo Piratas do Caribe no Magic Kingdom, um dos 4 parques temáticos do Walt Disney World em Orlando na Flórida. Na realidade Walt Disney foi cremado e suas cinzas foram depositadas no Forest Lawn Memorial Park em Los Angeles.



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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Magia ao Luar / Magic in the Moonlight (2014)



Assisti Magia ao Luar / Magic in the Moonlight (2014) no cinema na noite passada. A história se passa em 1928 no sul da França e o diretor Woody Allen escolheu paisagens deslumbrantes que favoreceram o clima de romance. O filme é muito solar e as imagens do mar geram uma sensação de paz. A trilha sonora de época é muito agradável e contribui muito para a imersão dos espectadores. O longa-metragem contou a história de Stanley Crawford (Colin Firth) um ilusionista que criou o personagem Wei Ling Soo para seus espetáculos de magia. Quando não estava viajando com sua turnê, ele dedicava seu tempo a desmascarar falsos médiuns. Ele era noivo de Olivia (Catherine McCormack) que o amava pela sua racionalidade e seriedade. Numa noite, após mais uma apresentação de sucesso, Crawford foi procurado pelo seu amigo e também mágico Howard Burkan (Simon McBurney), que pediu-lhe ajuda. Infelizmente a família Catledge, pertencente a alta sociedade francesa, estava encantada pelas previsões de uma falsa médium. Para piorar a situação, o jovem Brice Catledge (Hamish Linklater) estava completamente apaixonado pela charlatã e planejava casar o mais rápido possível com ela.






O ilusionista e cético Stanley Crawford aceitou o convite e prometeu desmascarar a falsa médium. Quando ele chegou a residência da família Catledge no sul da França, conheceu a Senhora Baker (Marcia Gay Harden) e sua filha médium Sophie (Emma Stone). Crawford foi muito ácido e irônico com as duas, mas quando perguntou o que ela poderia falar sobre ele, ficou intrigado. Ela disse que ele viajava muito a trabalho e que via algumas inscrições em chinês. Crawford e Sophie passavam horas conversando e os dias foram passando. Fiquei encantado com a fotografia do longa-metragem que trouxe cenários exóticos e deslumbrantes. As praias do sul da França no final de tarde ficaram maravilhosas porque o diretor destacou o dourado do Sol para iluminar a personagem Sophie. Um observatório com o teto retrátil surgiu numa cena noturna, que definiu muito bem a personalidade dos personagens. Para Crawford a imagem do Universo era ameaçadora e para Sophie aquela imagem era muito romântica.





Aos poucos o ilusionista Crawford foi vivendo experiências que foram quebrando suas convicções. Numa sessão espírita ele presenciou uma vela flutuando sobre a mesa, que foi agarrada pelo seu amigo Burkan, que afirmou que não havia nenhum fio ligado ao objeto. Presenciou batidas na mesa que representavam respostas do falecido patriarca Catledge. Numa visita a casa de sua amada tia Vanessa (Eileen Atkins), Crawford ficou maravilhado pelas adivinhações que Sophie fez sobre a vida daquela senhora. Diante de tantas evidências, pela primeira vez o ilusionista acreditou estar diante de uma médium verdadeira. Fica claro que a escalação de Colin Firth e Emma Stone para os personagens Stanley Crawford e Sophie pelo próprio diretor foi perfeita porque os dilemas surgem com força. O cético Crawford reconheceu que havia algo além da matéria e mesmo noivo de Olivia se apaixonou por Sophie. Já a bela médium, cortejada pelo milionário Brice, se apaixonou pelo maduro Crawford.





A paixão complicada de Crawford por Sophie traz uma das características mais marcantes do diretor Woody Allen. A grande maioria das mulheres de seus filmes são deslumbrantes e cativantes. Foi assim com Mia Farrow, Diane Keaton, Scarlett Johansson e Cate Blanchett. O encantamento do diretor por Emma Stone é tão grande que ele já convidou a atriz para participar de seu próximo filme. Repleto de paisagens deslumbrantes da Côte d'Azur, elenco competente e um roteiro eficiente, o longa-metragem irá agradar os apaixonados pelo gênero comédia romântica. Além disso, o desfecho traz reviravoltas impressionantes. Mesmo não sendo mais uma obra-prima do diretor, Magia ao Luar representa muito bem seu estilo e trouxe para as telonas aquela poesia romântica que cativa mais uma vez os seus fãs e que ainda conquista uma nova geração de espectadores.



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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Anjos da Vida: Mais Bravos que o Mar / The Guardian (2006)



Confesso que estranhei o título do longa-metragem, quando vi o nome na placa de acesso ao cinema. Como estava escrito somente Anjos da Vida, pensei que fosse uma história de médicos que atendiam pessoas em acidentes e já descartei. Porém quando eu vi o poster de Anjos da Vida: Mais Bravos que o Mar / The Guardian (2006), percebi que era uma história sobre os nadadores de resgate da Guarda-Costeira dos Estados Unidos. Fiquei animado, porque na foto aparecia um mergulhador próximo a uma onda gigante, pendurado num cabo de aço e segurando uma pessoa somente com um braço. O filme começou com adrenalina total, porque Ben Randall (Kevin Costner) estava numa missão a 100 milhas da costa do Alasca, com mais 5 companheiros. Infelizmente, o centro de uma tempestade, do mais alto grau de destruição, se aproximou da equipe durante um resgate. O mar estava muito agitado, o vento era fortíssimo e o helicóptero caiu. A operação teve um resultado desastroso e somente Randall sobreviveu.




Ben Randall era o mergulhador com o maior número de resgates na Guarda-Costeira e não aceitava o desfecho daquela missão, principalmente porque seu melhor amigo morreu naquela noite. Apesar de ter consciência sobre o perigo da profissão, que tem como companheiras cotidianas a coragem e a morte, ele sentia um forte sentimento de culpa e dizia que poderia ter feito mais pela sua equipe. Preocupado com seu estado emocional de Randall, o Capitão William Hadley (Clancy Brown), sugeriu que ele assumisse a vaga de instrutor da nova turma da Guarda-Costeira. Inicialmente ele recusou a possibilidade de treinar recrutas, mas depois percebeu que essa nova função poderia equilibrar seu estado emocional e também salvar o seu frágil casamento. Sua esposa Helen Randall (Sela Ward) não aguentava mais viver tensa e preocupada com as missões do marido em alto mar. O novo objetivo de Randall era formar uma excelente equipe de resgate, porque como o maior recordista de salvamentos da história da Guarda-Costeira, ele poderia transmitir todo o seu conhecimento prático. 




Ainda abalado pela perda de sua equipe, Randall tinha uma revolta tão grande, que jogou toda a sua raiva nos jovens alunos da academia. Ele se tornou o professor mais rígido da base militar e seus métodos de treinamento não eram nada convencionais. Sua turma era testada até o limite do sono, fome e frio. Inconscientemente ele acreditava que equipes de nadadores bem preparados, jamais perderiam suas vidas, em missões em alto mar no futuro. Ele tinha um trauma e não aceitava ter perdido a sua equipe por razões climáticas extremas. As semanas foram passando e os treinamentos foram se tornando mais complexos. Um jovem campeão de natação, rebelde e arrogante chamado Jake Fischer (Ashton Kutcher), se destacava cada vez mais. Randall via nele o potencial para ser o melhor nadador de resgate da história da Guarda-Costeira, mas não acreditava que ele tivesse maturidade para dar a sua própria vida por outras pessoas. 




Randall discutiu muito com Fisher, porque não enxergava nele as condições emocionais necessárias, para que o rapaz se tornasse um líder de equipe no futuro. O período de treinamento enriqueceu muito o longa-metragem, porque trouxe cenas reais dos resgates no mar. Você se emocionará, ao ver mergulhadores se atirando no mar revolto, para salvar pessoas desconhecidas. Alguns diálogos entre o instrutor e o aluno eram interessantes, porque discutiam questões como idealização e vocação profissional. Ao término do curso, Fisher tinha amadurecido devido as inúmeras conversas com Randall. Depois da formatura, passaram a ser colegas de profissão e agora as missões seriam reais. A emoção tomou conta da telona, quando Fisher teve sucesso nos inúmeros resgates em que foi acionado. Porém surgiu uma missão muito complicada, que desafiaria o nadador Fisher, no Mar de Bering no Alasca. Essa missão mudaria a vida dele para sempre! O diretor Andrew Davis nos presenteou com um filme empolgante do início ao fim e com uma trilha sonora marcante de Trevor Rabin. Acredite que a história fará você admirar ainda mais, a filosofia de vida dos profissionais, que fazem parte da equipe de resgate da Guarda-Costeira dos Estados Unidos. 


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terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Busca (2013)



Sou fã do cinema brasileiro de excelência. Gosto de todos os gêneros, mas lamento o excesso de comédias, que em muitos casos possuem uma qualidade questionável. O longa-metragem A Busca, protagonizado pelo ator Wagner Moura é um drama que aborda o relacionamento entre os membros de uma família desestruturada. É um road movie que prende a atenção da plateia e lamento profundamente porque na minha sessão de cinema haviam somente 12 pessoas na sala. O longa-metragem marca a estreia do diretor Luciano Moura nas telonas e trouxe personagens muito interessantes. O médico Theo Gadelha (Wagner Moura) era um pai extremamente controlador, que vivia nervoso e irritado. Inconformado após a separação, insistia para que a ex-esposa Branca (Mariana Lima) continuasse morando na antiga casa, porque afinal de contas, ali tinha sido construída a casa dos sonhos.






Pedro (Brás Antunes) era o único filho do casal, tinha 15 anos e obviamente não se entendia com seu pai, que estava inconformado porque ele não queria viajar para a Austrália num programa de intercâmbio. As frases de Theo mostravam o quanto ele era controlador. Numa discussão com a ex-mulher ele disse: “O problema é com a Austrália! Então vai para a Nova Zelândia. Será que ele não imagina que eu estou dando tudo aquilo que meu pai nunca teve condições de me dar? Não é possível recusar uma oportunidades dessas.” Para piorar a situação, Theo viu na sala da casa uma cadeira que o garoto recebeu do avô (Lima Duarte) pelo correio e completamente descontrolado arremessou o presente na parede e disse: “Eu não quero que o meu filho tenha contato com ele!” Logo fica claro que a personalidade controladora de Theo faz com que ele tenha problemas de relacionamento com todo mundo. Ninguém suporta viver ao lado de Theo e assim ele sempre acaba isolado e resmungando sobre alguma coisa.






Num final de semana Pedro avisou a mãe que ficaria na casa de um amigo. Ela concorda desde que ele volte a tempo de jantar com seus pais na noite de domingo. No horário combinado Theo chega para jantar comida japonesa e logo reclamou sobre a ausência do filho. Branca então ligou para a casa do amigo do filho e descobriu que ele não passou o fim de semana lá. Pedro tinha fugido de casa e seus pais entram em pânico. Theo decidiu ir até a casa do amigo para obrigá-lo a contar tudo o que sabia. O garoto contou que Pedro dizia que venderia o próprio computador porque estava precisando de dinheiro. Theo e Branca voltaram desnorteados para casa e o telefone tocou. Do outro lado da linha um homem desejava confirmar os dados de uma ficha de cadastro em nome de Pedro. A situação ficou mais complexa quando descobrem que o garoto passou por uma ONG de Proteção Animal e escolheu um cavalo preto! Os pais inconformados foram até lá e descobriram que o rapaz adotou o animal sem nenhum custo após assinar um termo de posse responsável.






Na volta para casa Theo perguntou para Branca se o garoto tinha ficado maluco! Para Theo, a fuga de Pedro para não viajar para a Austrália e ainda adotar um cavalo eram atitudes completamente absurdas e insanas. Algum tempo depois o celular da mãe tocou. Theo arrancou o aparelho da mão dela e ouviu alguém do outro lado da linha dizer que aquele celular tinha sido encontrado ao lado de destroços no acostamento de uma rodovia. Branca foi obrigada pelo ex-marido a ficar em casa aguardando um possível telefonema do filho e Theo saiu de carro para iniciar a busca pelo filho. Aflito ele segue inúmeras pistas pelos lugares por onde seu filho passou. Nessa jornada o pai vivenciou experiências transformadoras e aos poucos passou a enxergar seu filho de forma diferente. O longa-metragem trouxe uma fotografia marcante e um elenco cativante composto por Abrahão Farc, Rui Rezende, Leandro Firmino da Hora e o estreante Brás Antunes, filho do ex-titã Arnaldo Antunes. A Busca é um longa-metragem com um desfecho surpreendente e que não subestima a inteligência de seus espectadores.



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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A Menina que Roubava Livros / The Book Thief (2014)



Assistir ao longa-metragem A Menina que Roubava Livros / The Book Thief (2014) na telona foi uma das melhores experiências cinematográficas que tive a oportunidade de vivenciar. O diretor Brian Percival foi nos apresentando aos poucos personagens apaixonantes que viviam na Alemanha Nazista no período da Segunda Guerra Mundial. A trilha sonora do inigualável John Williams é sublime e poética. Acredito que um ponto muito positivo do filme foi mostrar o sofrimento da população civil alemã. A realidade da guerra é que a privação e o sofrimento são iguais tanto no lado civil dos aliados como no alemão. Numa história onde a narradora era a própria Morte, ficou claro que na guerra ela não faz distinção entre homens e mulheres, ricos ou pobres, aliados ou alemães. Para sobreviver num cenário tão caótico, a única solução encontrada pela menina está nos livros, que trazem um mundo muito colorido, alegre e cheio de esperança para sua vida.





O longa-metragem nos apresenta Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma linda menina de cabelos dourados e um olhar penetrante. Aos 12 anos de idade, Liesel e seu irmão foram dados por sua mãe, que alegava ser viúva e sem condições de criar os filhos. Seus novos pais eram Hans Hubermann (Geoffrey Rush) e Rosa Hubermann (Emily Watson) e infelizmente seu irmão morreu durante a viagem de trem. A recepção de Liesel não poderia ter sido pior! Quando Rosa descobriu que o menino havia morrido, reclamou dizendo que o combinado era que ela só viria porque eram irmãos. Profundamente magoada com o comentário, Liesel não queria sair do carro, mas surge então o olhar doce e meigo de Hans, que cativou a menina e o público quando disse: “Vossa Majestade!” A partir daquele momento, Liesel fazia parte de uma família humilde de um bairro simples de Berlim.





A menina começou a frequentar a escola e já na porta de casa ficou amiga de Rudy Steiner (Nico Liersch), um vizinho que gostava muito de correr e que afrontava o conceito nazista sendo fã do atleta negro Jesse Owens. O início na escola foi complicado para Liesel, porque as crianças descobriram que naquela idade, a pobre menina ainda não sabia ler e escrever. Porém com o auxílio da professora e o grande incentivo de seu pai Hans, Liesel aprendeu a ler muito rápido. Escrevia nas paredes do porão cada nova palavra que aprendia. Graças a um belo capricho do destino, a jovem conheceu a dona de uma biblioteca particular enorme que autorizava que ela “roubasse” os livros, desde que se comprometesse a devolvê-los. Liesel teve a oportunidade de conhecer inúmeras histórias e seu vocabulário cresceu rapidamente. A vida seguia seu fluxo normal até que numa noite alguém bateu na porta da casa dos Hubermann pedindo socorro! Era um jovem judeu chamado Max Vanderburg (Bent Schnetzer), que vinha pedir ajuda para se esconder dos Nazistas. Rosa foi imediatamente contra a ideia de abrigar um judeu no porão, mas Hans tinha uma dívida de gratidão com o pai do rapaz.





Ninguém podia saber da existência de Max, que aos poucos se tornou como um irmão mais velho para Liesel. Algumas semanas após a sua chegada, o rapaz teve pneumonia e a menina lia vários livros em voz alta para que ele se mantivesse lúcido. Numa noite os aviões aliados se aproximaram da cidade, a sirene tocou e todos correram para o porão da maior casa da rua. Homens, mulheres e crianças permanecem sentados aguardando o início dos bombardeios. Numa das cenas mais lindas do filme, Max aproveitou a oportunidade para sair do porão e ver as estrelas! Logo o barulho das bombas tornou-se ensurdecedor, o chão tremeu, os adultos rezaram e as crianças choraram. Em meio ao caos, Hans Hubermann começou a tocar seu acordeão, para amenizar a dor das pessoas. O contraste entre a poesia da música e o horror da guerra me emocionou muito no cinema! O longa-metragem conseguiu encontrar a poesia num cenário de caos, mas a brutalidade da guerra trouxe consequências para a vida de todos os personagens. As histórias de vida de Hans, Rosa, Liesel, Rudy, Max e tantos outros foram modificadas para sempre e para nós fica a amarga conclusão de que ao final de uma guerra não há vencedores.


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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Contatos Imediatos do Terceiro Grau / Close Encounters of the Third Kind (1977)


Foto: Tombud.


Imagine um pequeno cinema de rua na década de 70 que tinha capacidade máxima para 200 pessoas. Em frente havia uma linda praça, repleta de plantas, flores e um chafariz colorido. Numa das laterais da pracinha, a prefeitura disponibilizava 12 vagas para os carros estacionarem e sempre encontrávamos um lugar para estacionar. Numa noite de sábado, no verão de 1978, meus pais resolveram ir ao cinema e tive que acompanhar o casal. O filme em cartaz era Contatos Imediatos do Terceiro Grau e desconfio que a censura não era livre. Até hoje eu não sei como meu pai conseguiu que eu entrasse naquela sessão e eu nem imaginava o tamanho da minha sorte naquela noite. O longa-metragem é considerado até hoje como o melhor filme sobre extraterrestres da história do cinema. Desde o começo já achei o filme bem interessante, mas quando os OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) começaram a aparecer eu fiquei mais empolgado que meu pai.




O longa-metragem Contatos Imediatos do Terceiro Grau / Close Encounters of the Third Kind (1977) conta a história do eletricista Roy Neary (Richard Dreyfuss). Acionado para restabelecer a energia elétrica após um apagão na cidade, de dentro do seu carro teve um Contato Imediato de Segundo Grau com um OVNI. Tecnicamente esse contato ufológico se caracteriza por um sobrevoo de um OVNI que deixa indícios, também provocando perturbações em seres humanos ou animais. Após esse contato, Roy ficou fissurado pelos OVNIs e intrigado porque a imagem da montanha da Torre do Diabo não saía de sua mente. As evidências da presença de OVNIs ficavam cada vez mais evidentes em várias partes do globo e alguns casos mais intrigantes passaram a ser investigados. O cientista francês Claude Lacombe (François Truffalt) e seu intérprete americano David Laughlin (Bob Balaban) estavam estudando um fenômeno estranho que ocorreu num deserto na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Vários aviões da Segunda Guerra Mundial apareceram em perfeitas condições, porém sem os pilotos. A única testemunha era um morador do lugarejo que repetia sem parar em espanhol a mesma frase: "O Sol saiu de noite e cantou pra mim."




Paralelamente as aventuras de Roy e Claude, o diretor Steven Spielberg nos apresentou a belíssima história de Gillian Guiler (Melinda Dillon) e de seu filho Barry (Cary Guffey). O menino de três anos corria para o lado de fora da casa para ver as luzes que faziam seus brinquedos funcionarem sozinhos. A partir do aparecimento dessas imensas luzes ao redor de sua casa, Gillian também passou a ter a imagem da montanha em mente. Para desespero dela, o menino desapareceu numa noite em que as luzes voltaram a sobrevoar a sua casa e tudo levava a crer que ele tinha sido abduzido. A resposta para as perturbações de Roy e Gillian surgiu quando o noticiário da televisão divulgou que houve uma contaminação perigosa nas proximidades da montanha da Torre do Diabo. Nesse momento eles descobriram que essa era a montanha que aparecia em seus pensamentos.




Ambos seguiram rumo à montanha e se encontraram quando estavam fazendo o caminho contrário a multidão que fugia da cidade com medo. Os dois pressentiam que a história era uma farsa e desejavam chegar ao lado posterior da montanha. Eles desconfiavam que cravado na montanha havia algum tipo de experiência com seres extraterrestres e suas naves, mas não tinham certeza de nada. Quando chegaram ao topo da montanha testemunharam algo inimaginável, que mudaria suas vidas para sempre! Naves voando ao redor de uma pista e posteriormente uma nave mãe que se comunicava a partir da sequência de cinco notas: Ré, Mi, Dó, Dó, Sol. As cenas que mostravam o lado oculto da montanha me deixaram encantado, porém com muito medo. Foram três longas noites com pesadelos com extraterrestres! Contatos Imediatos do Terceiro Grau é um longa-metragem com um roteiro impecável, trilha sonora empolgante de John Williams e efeitos especiais impressionantes. Jamais esquecerei daquela noite de sábado em que fui ao cinema por acaso e assisti ao maior clássico sobre extraterrestres e OVNIs da história da sétima arte!




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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty / The Secret Life of Walter Mitty (2013)



Alguns filmes marcam nossas vidas para sempre! Assisti A Vida Secreta de Walter Mitty / The Secret Life of Walter Mitty (2013) no cinema, no dia 31 de dezembro de 2013 e admito que foi uma experiência incrível. Aquela atmosfera de renovação, repleta de motivações e sonhos para o novo ano que estava chegando, se encaixava perfeitamente na temática do longa-metragem. Os temas Wake Up da banda Arcade Fire e Space Oddity de David Bowie pareciam ter sido feitos por encomenda para o filme, porque criavam uma sensação de libertação para o personagem Walter Mitty. Na minha opinião um dos grandes méritos do filme é deixar claro que já é hora de você parar de ficar sonhando e partir para a realização de seus sonhos. Nosso grande erro é que muitas vezes vinculamos a realização de nossos sonhos a situações que talvez nunca aconteçam. Assim os anos vão passando, os sonhos vão envelhecendo e ficamos parados na zona de conforto. Graças a essa mensagem explícita, as pessoas tiveram as mais variadas reações após assistirem ao longa-metragem! Alguns adoraram o estímulo para agir imediatamente na busca da realização dos sonhos e outros criticaram dizendo que o filme mais parece uma mensagem motivacional na tela de cinema.  






Walter Mitty (Ben Stiller) era um homem de vida simplória pelas circunstâncias da vida e que para suportar a monotonia cotidiana, sonhava acordado, desejando uma vida mais empolgante. Apaixonado pela colega de trabalho Cheryl Melhoff (Kristen Wiig), precisou se cadastrar num site de relacionamentos para enviá-la uma simples piscadinha. Era funcionário do setor que revelava as fotos e arquivava os negativos na tradicional Revista LIFE há quase 15 anos. Por suas mãos passaram inúmeras capas de sucesso da revista! Porém a crise do mundo globalizado afetou as vendas da revista nas bancas de jornal e a alta direção da revista decidiu produzir somente a edição virtual. Obviamente a reação dos funcionários foi a pior possível e ainda tiveram que aturar o insuportável Ted Hendricks (Adam Scott), nomeado como Gestor de Transição. A partir daquele momento o foco passou a ser a última edição impressa da revista, que sairia em maio de 2000. Então Walter Mitty recebeu um pequeno pacote, enviado por Sean O'Connel (Sean Penn), o principal fotógrafo da revista. Ele enviou os últimos negativos como fotógrafo da revista e uma carteira com o lema da LIFE gravado na parte interna, como reconhecimento pela parceria de tantos anos com Walter Mitty.  






Uma carta escrita por Sean avisa que no negativo 25 havia uma fotografia especial, que capturou a “Quintessência” da revista LIFE e que a foto tinha sido escolhida por ele, para ser utilizada como capa da última edição. Para desespero de Mitty, o negativo 25 desapareceu e não foi encontrado no negativo junto as outras fotos. Justamente o negativo escolhido pelo principal fotógrafo da revista desapareceu! Mitty passou a ser pressionado por Ted Hendricks, que desejava saber qual era a imagem tão especial que seria a capa da última edição da LIFE. Afinal de contas, o que significa a tal “Quintessência”? Para os gregos existiam os quatro elementos conhecidos como água, ar, terra e fogo. O quinto elemento ou “Quintessência” seria uma substância diferente das outras, por ser realmente muito especial, de uma pureza impressionante e de natureza inalterável. Sem alternativas, Walter Mitty resolveu ir atrás de Sean para saber se havia alguma cópia do negativo 25. Observou as fotos do mesmo negativo, para descobrir em que lugar do planeta, o fotógrafo Sean estava trabalhando. Com a ajuda da colega de trabalho Cheryl, Mitty descobriu que o fotógrafo estava na Groenlândia e decidiu largar tudo para ir até lá.






A partir desse momento o longa-metragem nos presenteia com imagens belíssimas e cenas emocionantes! A aventura de Walter Mitty segue pela Groenlândia, Islândia e até Himalaia, entre tubarões, erupção de vulcão e leopardo das neves é empolgante! A cena em que ele desceu de skate, por uma estrada na Islândia, representa uma libertação repleta de adrenalina e emoção para o personagem! A magia da aventura, era mostrar que Mitty estava vivendo pela primeira vez em sua vida, o lema da Revista LIFE: “Ver o mundo e os perigos que virão, ver por trás dos muros, chegar mais perto, encontrar o outro e sentir. Esse é o propósito da vida.” Eu amei a história do filme A Vida Secreta de Walter Mitty, porque trouxe lições de vida importantes como parar de sonhar acordado e começar a viver plenamente. A grande mensagem do longa-metragem aparece na última cena, quando foi lançada a última capa da Revista LIFE. O fotógrafo Sean O'Connel finalmente revelou para o mundo qual era a “Quintessência” da revista. Com um desfecho emocionante, o filme encantou as plateias do mundo inteiro e na minha opinião é o melhor trabalho da carreira do ator Ben Stiller!


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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Conta Comigo / Stand by Me (1986)


Foto: Jingoba 


Dedico o meu texto referente ao longa-metragem Conta Comigo aos meus três melhores amigos de infância! Aos 12 anos de idade nossa felicidade era plena e nossas aventuras estão muito bem guardadas em meu coração. Entre tantas atividades, destaco andar de bicicleta por toda a cidade, subir em árvores para comer frutas, jogar bola até escurecer, soltar pipa o mais alto possível e passar horas conversando ao lado de uma pequena fogueira no inverno. Eram atividades simples, mas que criavam um elo de amizade tão forte, que tudo parecia perfeito. Meus três amigos eram irmãos que eu escolhi, nossas alegrias e tristezas eram sempre compartilhadas em grupo. Era gostoso passar horas conversando sobre histórias em quadrinhos, desenhos animados, jogo de botão e carrinhos de controle remoto. Havia lealdade entre nós e hoje eu tenho a exata noção da grandeza daquelas amizades! 


TRAILER 1 - Conta Comigo


Inicialmente quero destacar a trilha sonora excelente do longa-metragem! Conta Comigo / Stand by Me (1986) começou mostrando um carro estacionado. Dentro dele estava o escritor Gordie Lachance (Richard Dreyfuss). Ele estava emocionado, porque tinha acabado de ler que o respeitado advogado Chris Chambers tinha morrido. A notícia relatava que o advogado estava numa lanchonete, quando foi esfaqueado no pescoço ao tentar apartar uma briga. As lembranças de sua infância transbordaram em sua mente no exato instante em que ele observou dois garotos andando de bicicleta. Gordie Lachance (Wil Wheaton) era um garoto que adorava inventar histórias. Morava na pequena cidade de Castle Rock e tinha 12 anos no verão de 1959. Dos 1281 habitantes da cidade, três eram seus melhores amigos. Chris Chambers (River Phoenix) sofria preconceito porque seu irmão mais velho cometia alguns furtos, Teddy Duchamp (Corey Feldman) era considerado um garoto maluco como seu pai que serviu na 2º Guerra Mundial e nunca mais foi o mesmo, Vern Tessio (Jerry O'Connell) era excluído e ignorado pelas pessoas. 


TRILHA SONORA - Stand By Me 


Tentando encontrar um pote de moedas enterrado embaixo de sua casa, Vern ouviu a conversa entre seu irmão mais velho e um amigo. Quando a gangue deles desmontava um carro roubado, viram o corpo de um jovem da cidade desaparecido há três dias. Logo Vern contou a novidade para seus amigos e eles concordaram que encontrar o cadáver do jovem desaparecido e chamar a polícia seria a concretização do sonho deles se tornarem heróis. Sem contar para ninguém sobre seus planos, os quatro amigos partiram para a jornada, sem imaginar que aquela aventura transformaria cada um deles para sempre. Seguindo a linha do trem, enfrentaram os mais variados desafios e descobriram o autoconhecimento. Num dos momentos mais inocentes da jornada, Vern perguntou para Teddy quem venceria o combate entre o Super Mouse e o Superman. Já um dos momentos mais dramáticos ocorreu numa noite em que Chris e Gordie estavam de guarda para proteger o acampamento dos coiotes. Chris chora ao dizer que foi acusado pela professora de furtar todo o dinheiro do leite. Ele confessou que devolveu todo o dinheiro, mas que infelizmente a professora só entregou uma parte. O resto do dinheiro tinha se transformado numa bela saia e se ele fizesse alguma acusação ninguém acreditaria.


TRAILER 2 - Conta Comigo 


Foi interessante descobrir que a história do longa-metragem foi inspirada no conto The Body do livro Quatro Estações de Stephen King, que é dividido em quatro capítulos: Primavera Eterna, Verão da Corrupção, Outono da Inocência e Inverno no Clube. Gordie Lachance é uma espécie de "avatar" do escritor Stephen King porque assim como o escritor perdeu seu irmão mais velho num acidente de carro, tinha problemas de relacionamento com os pais que não aceitavam a morte do filho e era um excelente inventor de histórias. Eu me emociono muito quando assisto Conta Comigo porque o diretor Rob Reiner conquistou a plateia construindo uma amizade verdadeira de quatro garotos que lamentavelmente se separam para sempre pelas circunstâncias da vida. Gordie ingressou na universidade e se tornou escritor. Chris ingressou em outra universidade e se tornou advogado. Teddy fez um curso técnico e posteriormente foi preso. Vern fez o curso técnico e ficou na cidade. Nunca mais se encontraram. A síntese do longa-metragem surge na cena em que o escritor Gordie Lachance finaliza o seu livro com a frase: “Eu nunca mais tive amigos como os que eu tive quando tinha 12 anos. Meu Deus! E alguém tem?" Em tempo, a vida também me separou dos meus três melhores amigos de infância. Infelizmente nós também nunca mais nos encontramos. 


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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido / X-Men: Days of Future Past (2014)



Na minha opinião X-Men: Dias de um Futuro Esquecido / X-Men: Days of Future Past (2014) foi o destaque do Verão Americano em 2014, ao lado do também excelente Planeta dos Macacos: O Confronto / Dawn of the Planet of the Apes (leia no blog O Verão Americano 2014). Os fãs da franquia X-Men ficaram impressionados, porque o longa-metragem retratou muito bem a história, que é considerada como uma das mais emocionantes da saga dos mutantes. Além disso, a volta do diretor Bryan Singer para a franquia cinematográfica foi muito comemorada, porque ele sempre soube como transportar o universo dos quadrinhos para as telas do cinema. Isso ficou muito claro nos filmes X-Men: O Filme (2000) e X-Men 2 (2003). Já a história de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido se passa num futuro distópico, onde os mutantes são perseguidos e mortos por robôs gigantes chamados de Sentinelas. Grande parte da população mutante foi aniquilada e um grupo de mutantes sobrevive sob a liderança do Professor Xavier e Magneto. 




Para resolver a situação dos mutantes, Professor Xavier e Magneto decidiram enviar a consciência de Logan (Wolverine) para os anos 70, para que ele incorporasse a consciência do Wolverine do passado, com o objetivo de cumprir uma missão decisiva para a sobrevivência futura dos mutantes. Nesse passado, Wolverine terá que procurar os jovens Xavier e Magneto, para convencê-los que ele é um viajante do tempo e que precisa de ajuda para impedir que a vilã Raven Darkholme (Mística) cometa um ato terrível, que desencadeará acontecimentos que mudarão o destino dos mutantes para sempre. Eu tinha curiosidade para saber como Wolverine viajaria no tempo e adorei a forma como ele fez isso! Fiquei impressionado com a qualidade dos figurinos e dos cenários quando ele chegou aos anos 70. Outro ponto muito interessante é que o longa-metragem traz personagens como Professor Xavier, Magneto e Fera na fase adulta (presente) e também na fase jovem (passado). Além disso, os fãs ficaram surpresos quando viram que o Wolverine da década de 70, possuía garras que não eram de Adamantium! 




Eu assisti X-Men: Dias de um Futuro Esquecido no cinema! O longa-metragem me agradou logo no início, porque como eu sempre destaco, as aberturas devem ter temas e imagens empolgantes. Em seguida já apareceram vários X-Men lutando contra enormes robôs, chamados de Sentinelas, num futuro distópico. A batalha acontece numa fortaleza e a ação enche os olhos dos fãs, porque descobrimos que os Sentinelas estão muito bem preparados para lutar com os X-Men. A abertura de portais feitas pela personagem Blink é fundamental para a sobrevivência da equipe. Nesse futuro muitos mutantes foram mortos pelos poderosos Sentinelas e restam apenas alguns, que são liderados por Xavier e Magneto. Além dos líderes, vemos nessa batalha inicial personagens clássicos do cinema como Tempestade, Wolverine, Homem de Gelo, Kitty Pryde, Colossus e outros que estão chegando como Blink, Bishop, Apache e o brasileiro Mancha Solar. É fascinante a quantidade de mutantes que aparecem já na primeira cena! 




Entre os inúmeros personagens que aparecem no filme, destaco o fantástico Peter Maximoff, também conhecido como Mercúrio. Importante: o nome original do personagem é Pietro, mas como já está creditado assim nos filmes da franquia Disney / Marvel, seu nome foi modificado para Peter. Aliás, o jovem personagem Mercúrio protagonizou a cena que na minha opinião foi a melhor do Verão Americano 2014, quando participa do resgate de um personagem. Uma curiosidade em relação ao personagem Mercúrio é que ele aparecerá em dois filmes. Em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é interpretado pelo ator Evan Peters. Já em Vingadores 2: A Era de Ultron em 2015 será interpretado por Aaron Taylor-Johnson. O elenco de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é de primeira linha como Hugh Jackman (Wolverine), Patrick Stewart (Professor Xavier), James McAvoy (Professor Xavier - jovem), Ian McKellen (Magneto), Michael Fassbender (Magneto - jovem), Jennifer Lawrence (Mística), Ellen Page (Lince Negra ou Shadowcat), Halle Berry (Tempestade), Hank McCoy (Fera), Anna Paquin (Vampira), Famke Janssen (Fênix), Daniel Cudmore (Colossus), Shawn Ashmore (Homem de Gelo), Evan Peters (Mercúrio), Fan Bingbing (Blink), Omar Sy (Bishop), Peter Dinklage (Bolivar Trask). 


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