Foto: Tombud.
Imagine
um pequeno cinema de rua na década de 70 que tinha capacidade máxima
para 200 pessoas. Em frente havia uma linda praça, repleta de
plantas, flores e um chafariz colorido. Numa das laterais da
pracinha, a prefeitura disponibilizava 12 vagas para os carros
estacionarem e sempre encontrávamos um lugar para estacionar. Numa
noite de sábado, no verão de 1978, meus pais resolveram ir ao
cinema e tive que acompanhar o casal. O filme em cartaz era Contatos
Imediatos do Terceiro Grau e desconfio que a censura não era livre.
Até hoje eu não sei como meu pai conseguiu que eu entrasse naquela
sessão e eu nem imaginava o tamanho da minha sorte naquela noite. O
longa-metragem é considerado até hoje como o melhor filme sobre
extraterrestres da história do cinema. Desde o começo já achei o
filme bem interessante, mas quando os OVNIs (Objetos Voadores Não
Identificados) começaram a aparecer eu fiquei mais empolgado que meu
pai.
O
longa-metragem Contatos Imediatos do Terceiro Grau / Close
Encounters of the Third Kind (1977) conta a história do
eletricista Roy Neary (Richard Dreyfuss). Acionado para restabelecer
a energia elétrica após um apagão na cidade, de dentro
do seu carro teve um Contato Imediato de Segundo Grau com um OVNI.
Tecnicamente esse contato ufológico se caracteriza por um sobrevoo
de um OVNI que deixa indícios, também provocando perturbações em
seres humanos ou animais. Após esse contato, Roy ficou fissurado
pelos OVNIs e intrigado porque a imagem da montanha da Torre do Diabo
não saía de sua mente. As evidências da presença de OVNIs ficavam
cada vez mais evidentes em várias partes do globo e alguns casos
mais intrigantes passaram a ser investigados. O cientista francês
Claude Lacombe (François Truffalt) e seu intérprete americano David
Laughlin (Bob Balaban) estavam estudando um fenômeno estranho que
ocorreu num deserto na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Vários aviões da Segunda Guerra Mundial apareceram em perfeitas
condições, porém sem os pilotos. A única testemunha era um
morador do lugarejo que repetia sem parar em espanhol a mesma frase:
"O Sol saiu de noite e cantou pra mim."
Paralelamente
as aventuras de Roy e Claude, o diretor Steven Spielberg nos
apresentou a belíssima história de Gillian Guiler (Melinda Dillon)
e de seu filho Barry (Cary Guffey). O menino de três anos corria
para o lado de fora da casa para ver as luzes que faziam seus
brinquedos funcionarem sozinhos. A partir do aparecimento dessas
imensas luzes ao redor de sua casa, Gillian também passou a ter a
imagem da montanha em mente. Para desespero dela, o menino
desapareceu numa noite em que as luzes voltaram a sobrevoar a sua
casa e tudo levava a crer que ele tinha sido abduzido. A resposta
para as perturbações de Roy e Gillian surgiu quando o noticiário
da televisão divulgou que houve uma contaminação perigosa nas
proximidades da montanha da Torre do Diabo. Nesse momento eles
descobriram que essa era a montanha que aparecia em seus pensamentos.
Ambos
seguiram rumo à montanha e se encontraram quando estavam fazendo o
caminho contrário a multidão que fugia da cidade com medo. Os dois
pressentiam que a história era uma farsa e desejavam chegar ao lado
posterior da montanha. Eles desconfiavam que cravado na montanha
havia algum tipo de experiência com seres extraterrestres e suas
naves, mas não tinham certeza de nada. Quando chegaram ao topo da
montanha testemunharam algo inimaginável, que mudaria suas vidas
para sempre! Naves voando ao redor de uma pista e posteriormente uma
nave mãe que se comunicava a partir da sequência de cinco notas:
Ré, Mi, Dó, Dó, Sol. As cenas que mostravam o lado oculto da
montanha me deixaram encantado, porém com muito medo. Foram três
longas noites com pesadelos com extraterrestres! Contatos Imediatos
do Terceiro Grau é um longa-metragem com um roteiro impecável,
trilha sonora empolgante de John Williams e efeitos especiais
impressionantes. Jamais esquecerei daquela noite de sábado em que
fui ao cinema por acaso e assisti ao maior clássico sobre
extraterrestres e OVNIs da história da sétima arte!
Minha Vida no Cinema
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