terça-feira, 28 de outubro de 2014

Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo / Apollo 13 (1995)

As histórias de ficção científica sempre me fascinaram. Meus olhos sempre brilharam ao ver no cinema a imensidão do espaço, a enorme quantidade de estrelas, as gigantescas espaçonaves e as mais estranhas criaturas. Esse universo é muito rico, mas as aventuras nada mais são do que fantasias criadas por roteiristas criativos. Porém eu fiquei muito surpreso quando vi o trailer do filme Apollo 13, que contava uma história real de uma tripulação que pretendia pousar na Lua. O trailer foi exibido nas férias de janeiro e eu tive que esperar até setembro para assistir ao longa-metragem no cinema. No sábado da estreia, o cinema estava lotado e como eu era o primeiro da fila pude escolher a minha poltrona preferida na sala. A crítica especializada elogiou muito a direção de Ron Howard nos jornais, afirmando que ele soube conduzir uma história que mostra de forma competente a saga dos astronautas no espaço, mas também acompanhou o drama dos familiares dos astronautas em apuros.




É importante destacar que o maior incentivador do Projeto Apollo foi o presidente John F. Kennedy. O projeto tinha como objetivo a exploração espacial coordenada pela NASA – Agência Espacial dos Estados Unidos entre 1961 e 1972. O sucesso absoluto ocorreu no dia 20 de julho de 1969, quando a espaçonave Apollo 11 pousou na Lua e o astronauta Neil Armstrong disse a famosa frase: “É um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade.” Os outros dois astronautas eram Edwin “Buzz” Aldrin (homenageado pela PIXAR com o personagem Buzz Lightyear na animação Toy Story) e Michael Collins. Após a missão da Apollo 11, os norte-americanos acreditaram que a missão já estava cumprida e o interesse pelas transmissões ao vivo pela televisão das tripulações do Projeto Apollo no espaço perderam audiência. Quando a Apollo 13 foi lançada em 11 de abril de 1970, as transmissões das entrevistas com os astronautas foram canceladas pelas redes de TV.




O longa-metragem Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo / Apollo 13 (1995) conta a história mais complicada do projeto Apollo. A tripulação convocada para cumprir a missão era composta pelo comandante Jim Lovell (Tom Hanks), Fred Haise (Bill Paxton) e Ken Mattingly (Gary Sinise). O primeiro problema surgiu quando o astronauta Ken foi diagnosticado com suspeita de rubéola poucos dias antes da viagem. Como havia o risco dele manifestar os sintomas no espaço, foi imediatamente substituído pelo astronauta Jack Swigert (Kevin Beacon). O roteiro é tão bem construído que eu lamentei muito o afastamento de Ken, porque consegui imaginar o quanto ele tinha treinado para sua missão lunar e que talvez nunca mais tivesse a oportunidade de viajar para o espaço. Finalmente a Apollo 13 decolou do Centro Espacial numa das cenas mais emocionantes da história do cinema. A viagem estava tão tranquila que o diretor de voo Gene Kranz (Ed Harris) dizia que a equipe de controle estava até entediada. Infelizmente na segunda noite a tripulação da espaçonave percebeu um tremor na parte externa e visualizaram que alguma coisa estava errada. O comandante Jim Lovell chamou o controle pelo rádio e disse a famosa frase: “Houston, nós temos um problema."




Naquele momento eles não tinham a noção da gravidade do problema porque no espaço o som não se propaga. Alguns minutos depois foram informados pelo controle que um dos dois tanques de oxigênio havia explodido. Logo os astronautas foram avisados que o pouso na Lua havia sido cancelado e que a prioridade seria voltar para casa. Fiquei triste pelo semblante de frustração dos astronautas. Após a divulgação do incidente pela NASA, a imprensa se interessou pela Apollo 13. A equipe de controle calculou que o oxigênio de um único tanque não seria capaz de suprir os 3 tripulantes e eles foram orientados a se abrigar no Módulo Lunar acoplado a nave. A única chance da Apollo 13 seria acompanhar a órbita da Lua para posteriormente encontrar o ângulo certo para escapar pela tangente rumo ao planeta Terra. Se a manobra desse certo, os astronautas deveriam voltar para a cabine do foguete antes da reentrada na atmosfera. Somente a estrutura externa do foguete poderia suportar as altíssimas temperaturas geradas pelo atrito entre a atmosfera e a estrutura metálica na nave. O risco de explosão era enorme e o país inteiro torcia pela sobrevivência dos 3 tripulantes. Confesso que me emocionei muito após o desfecho final do longa-metragem, ainda mais ao lembrar que tratava-se de uma história real. Simplesmente inesquecível.



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