Confesso que não fiquei muito empolgado quando vi o poster do filme “Evereste” pela primeira vez no corredor principal do cinema. Imaginei que seria mais uma história de alpinistas em apuros, que passavam pelas experiências mais traumáticas, sem nenhum arranhão. O que despertou a minha curiosidade foram os três atores do poster! Jason Clarke de “Planeta dos Macacos: O Confronto” (2014), Jake Gylenhaal de “Amor e Outras Drogas” (2010) e Josh Brolin de “Homens de Preto 3” (2012). Na parte de baixo pude ler nomes importantes como Emily Watson de “A Menina que Roubava Livros” (2013) e Sam Worthington de “Avatar” (2009). Antes da minha experiência cinematográfica, resolvi não assistir aos trailers e nem ler notícias sobre a história. Quando entrei na sala de cinema, não imaginava que aquele filme iria superar as minhas expectativas!
O diretor Baltasar Kormákur foi competente ao desenvolver a história dos principais personagens, antes do início da expedição no Monte Everest. Conhecendo a história de vida deles, minha torcida pelo seu sucesso naquele ambiente hostil, seria verdadeira. O longa-metragem conta a história do experiente alpinista profissional Rob Hall (Jason Clarke), que na década de 90 criou uma empresa de turismo chamada “Adventure Consultants”, que acompanhava alpinistas amadores. Em maio de 1996, Rob Hall levaria um grupo para escalar o Monte Everest. Ele era casado com a alpinista profissional Jan Hall (Keira Knightley), que só não foi naquela expedição porque estava com 5 meses de gravidez. A coordenadora da equipe de Rob na base da montanha era a sua grande amiga Helen Wilton (Emily Watson), que coordenava o trabalho de apoio aos alpinistas profissionais e amadores. A responsável pela saúde do grupo no acampamento base era a médica Caroline Mackenzie (Elizabeth Debicki).
Um alpinista amador com experiência em montanhas altas, pagava US$ 60.000,00 (Sessenta Mil Dólares) para a agência de Rob Hall, para tentar chegar ao topo da maior montanha do mundo. O Monte Everest fica localizado na Cordilheira do Himalaia no Nepal e seu pico está a 8.848 metros acima do nível do mar. Possui duas rotas principais de escalada, a “rota padrão” que está na face sudeste e a “rota alternativa” pela face norte. É importante destacar, que o desafio de chegar ao topo é desumano porque o “mal da montanha” ou “doença das alturas”, que gera confusão mental e desorientação pode surgir a partir de 2.400 metros de altura. Para auxiliar os alpinistas profissionais na jornada, são contratados os “Sherpas”, que são guias que nasceram e viveram no Himalaia e que conhecem muito bem aquela região.
Na expedição de Rob Hall ao topo do Monte Everest em 1996, os experientes alpinistas amadores eram Beck Weathers (Josh Brolin) e Yasuko Namba (Naoko Mori). O alpinista amador Doug Hansen (John Hawkes) também tinha como objetivo final o topo da montanha, porém era menos experiente que os companheiros do grupo. Naquela temporada de 1996, o acampamento base estava repleto de alpinistas amadores. Então Rob Hall convenceu o guia de uma empresa concorrente e alpinista profissional Scott Fischer (Jake Gyllenhaal) a juntar as equipes para escalarem a montanha juntos. Afinal de contas, naquele cenário inóspito e perigoso, não fazia sentido manter uma rivalidade comercial. Quando eu vi os alpinistas deixando o acampamento para escalar o Monte Evereste, com ventos fortes, avalanches e tempestades, percebi que os alpinistas testariam seus limites físicos e mentais ao extremo.
Como a história de vida dos principais personagens foi desenvolvida desde o início do longa-metragem, as consequências da escalada ao Monte Evereste, tornaram-se importantes para mim. Durante toda a expedição, fiquei tenso porque o risco de morte dos alpinistas era real. Por que uma pessoa paga uma pequena fortuna para sofrer ao extremo numa montanha gelada? Os alpinistas profissionais afirmam que chegar ao topo de uma montanha, gera uma sensação indescritível. Quando todos da expedição comemoravam o sucesso da escalada ao Monte Evereste, uma imensa tempestade aproximou-se e surpreendeu os alpinistas! Alpinistas e “Sherpas” foram submetidos a condições climáticas horríveis, porém cada grupo encontrava-se num local diferente da montanha. Helen Wilton coordenava as comunicações de rádio a parir do acampamento base e desesperava-se ao descobrir que alguns alpinistas de sua equipe corriam risco de morte.
Na luta pela sobrevivência, alguns alpinistas conseguem voltar ao acampamento. Tinham a esperança que alguns cilindros de oxigênio deixados ao longo da costa da montanha pudesse salvar vidas. Foi desesperador ouvir alguém clamar no rádio: “Os cilindros de oxigênio estão vazios. Nos ajudem!” A tempestade na montanha era forte demais e a escuridão parecia condenar alguns membros das equipes à morte. Fiquei perplexo porque aquela expedição parecia transformar-se num pesadelo horroroso sem solução! O que eu não sabia era que a expedição de Bob Hall em maio de 1996 ficou conhecida como a maior tragédia do Monte Everest no Nepal. O longa-metragem de aventura tornou-se um drama fiel a realidade. Muitos alpinistas não voltaram e tornaram-se lendas que recebem homenagens até hoje. Foi uma experiência inesquecível, porque foi emocionante descobrir que a arte do cinema, homenageou pessoas que lutaram por suas vidas até o fim!
Minha Vida no Cinema
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