sexta-feira, 17 de março de 2017

A Vila / The Village (2004)




Quando assisti ao filme A Vila no cinema em 2004, o diretor M. Night Shyamalan já era famoso, por trabalhos como o excelente O Sexto Sentido (1999), Corpo Fechado (2000) e Sinais (2002). As pessoas tinham uma grande expectativa para assistir ao longa-metragem A Vila, porque além do elenco maravilhoso e da fotografia deslumbrante, o diretor sempre criava uma grande surpresa no final. Felizmente assisti ao filme numa sala antiga de cinema, onde as pessoas que saíam, não encontravam aqueles que aguardavam o início da próxima sessão. Isso era maravilhoso, porque as pessoas não corriam o risco desagradável, de saber o desfecho do filme, antes do início da sua sessão. Como fã do diretor, fiquei impressionado com a reviravolta do roteiro e lembro-me da empolgação das pessoas no cinema, após o desfecho final. Lamento que após A Vila, o diretor tenha tido um hiato criativo até o ano de 2015, quando foi lançado o surpreendente A Visita.




Em 1897, numa região isolada da Floresta de Covington na Virgínia, havia uma pequena vila. Ali vivia um pequeno grupo de pessoas, liderado por um grupo oito anciões. Nenhum morador tinha permissão para ultrapassar as fronteiras da vila, porque o restante da floresta era dominado por criaturas monstruosas. As pessoas chamavam essas criaturas de “aqueles a quem não mencionamos” e todos aboliram a cor vermelha na vila, que atraía tais criaturas. O líder dos anciões era o viúvo Edward Walker (William Hurt), pai da sonhadora Kitty (Judy Greer) e da corajosa Ivy (Bryce Dallas Howard), que tinha nascido cega. As duas jovens eram apaixonadas pelo tímido Lucius Hunt (Joaquin Phoenix), filho da anciã viúva Alice Hunt (Sigourney Weaver), porém Ivy era o veradadeiro amor do rapaz. Ivy era alegre, corria por todos os lugares da vila e a cegueira nunca foi um problema na vida dela. Seu melhor amigo era Noah Percy (Adrien Brody), um rapaz com distúrbios mentais. A rotina tranquila da vila foi quebrada, quando um menino morreu por falta de medicamentos. Lucius foi voluntário para atravessar a floresta em busca de medicamentos, mesmo sabendo que poderia ser atacado pelas criaturas monstruosas.




O conselho dos anciãos negou a saída de Lucius dos limites da vila, mesmo que fosse para buscar remédios e salvar futuros doentes. Invadir os limites das criaturas monstruosas da floresta poderia ser fatal. Naquela mesma semana, uma das criaturas invadiu a vila durante a noite e o sino tocou em sinal de alerta. As pessoas correram desesperadas para os porões das casas e sozinha na confusão, Ivy estendeu a mão e alguém a segurou com firmeza e carinho. Era Lucius, que sempre protegia a jovem cega em momentos de perigo. Com a vila vazia, “aqueles que eles não mencionavam” marcaram as portas de algumas casas com um risco de tinta vermelha. No dia seguinte, o jovem Lucius escreveu um bilhete, responsabilizando-se pela invasão da vila pela criatura, porque ele tinha entrado na floresta dois dias antes para procurar Noah. Edward, o líder dos anciãos, não culpou Lucius e ainda afirmou que ele era um rapaz de coragem admirável.




A sonhadora Kity finalmente casou-se com outro rapaz. Na noite do casamento, o sino de alerta tocou novamente, porque outra criatura estranha tinha invadido a vila. O pânico das pessoas foi muito grande e a festa foi encerrada. Os moradores achavam que as criaturas da floresta queriam tomar posse da vila, mas o líder Edward Walker ficou pensativo após a invasão. Naquela madrugada Ivy acordou e correu para a varanda da sua casa. Encontrou Lucius, que estava vigiando a casa para protegê-la. Ele perguntou como ela sabia que ele estava lá e a jovem respondeu que apesar de cega, conseguia enxergar uma pequena aura de luz nele. Ivy perguntou se ele dançaria com ela na festa de casamento deles! O tímido rapaz ficou tenso, mas confessou que pensava nela o dia inteiro e eles começaram a namorar. Em pouco tempo, todos na vila souberam da novidade sobre o novo casal. Então o jovem Noah foi até a casa de Lucius e sem dizer uma só palavra, esfaqueou o rapaz no abdomen. Partiu correndo e satisfeito, porque agora Ivy seria só dele.




Quando soube que alguém tinha sido esfaqueado na vila, Ivy começou a correr pela vila e estendeu a mão. Seu desespero aumentou quando percebeu que ninguém segurou a sua mão! Ivy estranhou porque não enxergava aquela pequena aura de luz de Lucius em nenhum lugar. Então foi até a casa dele e ouviu os gemidos de dor do rapaz e gritou por socorro. Completamente transtornada, Ivy pediu permissão ao seu pai para atravessar a floresta e buscar remédios para salvar o seu amado. Inicialmente Edward negou o pedido da filha, mas logo percebeu que essa seria a única forma de salvar a vida de Lucius! Assim o ancião permitiu que a filha cega atravessasse a floresta, mas alertou a jovem sobre a maldade existente fora da vila. Ivy atravessou os limites da vila e entrou na floresta de Covington escoltada por dois rapazes, que logo a deixaram sozinha por medo das criaturas monstruosas. Ivy deveria atravessar a floresta e depois seguir por uma estrada de terra, para chegar até a cidade mais próxima para pedir ajuda.




Ivy temia ser atacada pelas perigos da floresta, mas o seu amor por Lucius era mais forte que o medo! Logo ela percebeu que estava sendo seguida por alguém e mesmo sendo cega conseguiu despistar o perseguidor. Após várias horas de caminhada, ela encontrou a tal estrada de terra. Empolgada Ivy seguiu em frente para salvar o amor de sua vida! No bolso ela levava um relógio para pagar pelos remédios. Alguns quilômetros depois, algo muito inesperado aconteceu com Ivy. O desfecho dessa história é inimaginável. A criatividade do roteiro escrito por M. Night Shyamalan é surpreendente! A reviravolta é uma característica de seus trabalhos e assim ele conquistou fãs no mundo inteiro. Independente do que venha a acontecer no desfecho dessa história, lembre-se do seguinte: “Não conte o final para ninguém!”



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