sexta-feira, 22 de julho de 2016

Revelação / What Lies Beneath (2000)



Se você procura uma história cinematográfica de suspense com qualidade e que não subestime a sua inteligência, Revelação / What Lies Beneath (2000) é o longa-metragem ideal. Dirigido pelo competente Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro I, II, III / Back to the Future I, II, III – Os Fantasmas de Scrooge / Disney's A Christmas Carol – O Expresso Polar / The Polar Express – A Travessia / The Walk), produzido pelo genial Steven Spielberg e com trilha sonora de Alan Silvestri, a história superou todas as minhas expectativas. Naquela época as primeiras sessões estavam vazias, mas com o passar das semanas, os elogios foram atraindo o público. Minha sessão de cinema estava completamente lotada e o silêncio só era interrompido pelos gritos de susto! Gostei tanto da história, que na minha coleção, o filme está ao lado de O Sexto Sentido / The Sixth Sense (1999) e Os Outros / The Others (2001). 




Norman Spencer (Harrison Ford) decidiu se mudar para a antiga mansão da família, situada no frio estado de Vermont. Ele era um renomado cientista, que fazia experiências na área da genética. Sua esposa Claire Spencer (Michelle Pfeiffer) era uma ex-musicista, que decidiu cuidar do marido e da sua filha Caitlin (Katherine Towne). A novidade era que Caitlin foi para a faculdade e Claire ficou emocionalmente abalada com a separação. Sozinha na casa o dia todo, Claire começou a se preocupar com as violentas discussões de seus vizinhos Warren Feur (James Remar) e Mary Feur (Miranda Otto). Numa tarde Claire viu através da cerca, que sua vizinha Mary chorava muito no jardim, mas logo correu desesperada para dentro da casa. Ao mesmo tempo, Claire começa a perceber que a porta de sua casa sempre abria sozinha e que seu cachorro Cooper latia bravo para o vazio. É quando ela começou a perceber que seria fundamental manter a sua mente ocupada. 




Sozinha na casa, Claire passava os dias ocupada com as tarefas domésticas, mas continuava ouvindo sussurros pela casa. Quando Norman decidiu viajar para uma conferência, Claire ficou sozinha na mansão e sua instabilidade emocional aumentou. Ela foi testemunha de mais uma violenta briga do casal de vizinhos, tinha a certeza de que ele tinha matado a esposa e levado o corpo para longe de madrugada. Na manhã seguinte, Claire percebeu que a banheira encheu de água sozinha e quando foi tirar a tampa do ralo, viu a imagem de uma mulher desfigurada no reflexo da água! Certa de que havia um fantasma em sua casa, Claire entrou em pânico. Percebeu que o porta-retratos da sala, sempre caía no chão e que no computador surgia a palavra MEF. Agora ela achava que o fantasma de sua vizinha morta pelo marido, estava tentando se comunicar com para pedir ajuda. Abalada pela morte da vizinha, Claire passava horas observando o comportamento do vizinho que ficou sozinho na casa. A ideia de ter um assassino ao lado de sua casa abalava o estado emocional dela. 




Quando Claire foi tomar banho, percebeu novamente a presença do fantasma no banheiro e perguntou o que ela queria com ela. No espelho embaçado surgiu a seguinte frase: Você sabe!” Claire ficou ainda mais assustada naquela semana, quando reencontrou a vizinha Mary, ao lado do marido Warren, numa recepção da faculdade. Se a vizinha estava viva, quem seria o fantasma? Os sussurros continuavam pela casa e o porta-retratos sempre caía no chão. Porém ela encontrou um recorte de jornal, colado atrás da foto, que chamou a sua atenção. A matéria destacava o desaparecimento de uma aluna muito inteligente da universidade, chamada Madison Elizabeth Frank. Será que Norman tinha alguma relação com a aluna de 24 anos desaparecida? Logo Claire desconfiou que Norman e Madison tinham um relacionamento amoroso. Ele confessou que a jovem Madison tinha se apaixonado por ele e ameaçado a vida de Claire, mas que ele não sabia onde ela estava. Será que Norman era realmente inocente e estava falando a verdade? 




A partir desse momento, o desenvolvimento do desfecho foi surpreendente! Estaria Claire tão abalada emocionalmente, que enxergava um fantasma com desejo de vingança, dentro da casa? Norman estaria realmente falando a verdade, quando dizia não saber o paradeiro da aluna? As respostas aos questionamentos farão você perder o fôlego. O excelente roteiro escrito por Clark Gregg, associado as impecáveis interpretações de Harrison Ford e Michelle Pfeiffer, valorizaram muito mais o longa-metragem. Acredite que com essa história, Robert Zemeckis ingressou no seleto clube dos melhores diretores de novos clássicos de suspense, ao lado de M. Night Shyamalan e Alejandro Amenábar.


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sexta-feira, 15 de julho de 2016

*_* Meu Click - Scooby-Doo e a Máquina do Mistério


Foto: Luiz E. V. Barbosa.


Scooby-Doo e seus amigos foram criados pelos escritores Joe Ruby e Ken Spears e desenhado pelo competente Iwao Takamoto. O desenho animado foi produzido pelo estúdio Hanna-Barbera em 1969. Segundo a lenda, o nome do personagem Scooby-Doo teve origem num trecho da música Strangers in the Night, interpretada por Frank Sinatra. Num dos trechos da música, o intérprete cantou: “dooby dooby doo”. O ideia original do estúdio era criar um grupo de 4 amigos e um cachorro falante, que viajavam pelos Estados Unidos, resolvendo mistérios sobre criaturas ameaçadoras num furgão batizado de Máquina do Mistério. Imagine a minha alegria, quando encontrei a miniatura desse furgão clássico da turma do Scooby-Doo, numa loja de brinquedos em 2013. 




Sou fã dos desenhos clássicos do Scooby-Doo desde criança! Eu amava assistir as aventuras daquele grupo de amigos que misturava ambientes misteriosos, momentos engraçados e um pouco de música. Minhas histórias preferidas eram aquelas em que Fred Jones, Daphne Blake, Velma Dinkley, Norville “Shaggy” Rogers (Salsicha) e Scooby resolviam juntos os mistérios e descobriam quem era o fantasma. Eu gostava muito daquele furgão em que eles viajavam e que se chamava Máquina do Mistério! Outras aventuras de Scooby-Doo ao lado do seu primo Scooby-Dão (Scooby-Dum), do seu amigo Dinamite – O Bionicão (Dynnomutt – Dog Wonder) e do seu sobrinho Scooby-Loo (Scrappy-Doo) também eram muito legais. As minhas temporadas preferidas eram as clássicas e nunca gostei daquelas temporadas em que Fred e Velma não apareciam ou aquelas em que Scooby era criança.




Com o sucesso dos desenhos animados, Scooby-Doo e seus amigos ganharam versões cinematográficas, onde os atores contracenavam com um Scooby criado por computação gráfica. No primeiro longa-metragem, Scooby-Doo – O Filme (2002) foi dirigido por Raja Gosnell. Na história os amigos estavam separados há 2 anos e se reencontram num parque temático, conhecido como A Ilha do Espanto, para resolver mais um mistério. Como fã eu não gostei do desfecho da história, que descaracterizou um personagem importante do desenho animado. O segundo filme da franquia foi Scooby-Doo 2 – Monstros à Solta (2004) foi dirigido pelo mesmo diretor. Nessa aventura, os amigos partiram para Coolsville para desvendar o mistério de um homem mascarado, que criou uma máquina criadora de monstros. O terceiro filme foi Scooby-Doo! O Mistério Começa (2009), dirigido por Brian Levant. Agora a história se passa nos tempos do colégio e mostra como os 4 amigos e o cachorro Scooby-Doo se conheceram. O quarto e último filme da franquia foi Scooby-Doo e a Maldição do Monstro do Lago (2010), onde os amigos investigaram a aparição de um monstro do lago. 


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terça-feira, 5 de julho de 2016

Dirty Dancing - Ritmo Quente / Dirty Dancing (1987)

 Foto: Dieter.


Em setembro de 1987, recebi o convite de um grupo do colégio, para assistir Dirty Dancing – Ritmo Quente / Dirty Dancing no cinema. Obviamente recusei, porque como fã de filmes de ação, nas férias eu tinha assistido O Predador com Arnold Schwarzenegger e Falcão – O Campeão dos Campeões com Silvester Stallone. Porém a mobilização foi tão grande entre os alunos que aceitei o convite. Na fila do cinema eu estava envergonhado, porque afinal de contas, aquele era um filme musical. Entrei na sala e sentei depressa na cadeira para não ser reconhecido. Tolices da adolescência! O longa-metragem dirigido por Emile Ardolino era muito sensual. Havia uma bela história de amor e alguns temas polêmicos como aborto, traições e conflitos entre as classes sociais. 




É interessante destacar que quando o assunto é o filme Dirty Dancing – Ritmo Quente, as pessoas só lembram do tema (I’ve had) The Time of My Life. Talvez isso aconteça porque em 1987 as rádios tocaram essa música até cansar. O longa-metragem é muito mais que o tema, porque trouxe um roteiro interessante, uma trilha sonora maravilhosa e atuações convincentes. Assim entrou para a história do cinema! Dias atrás eu decidi assistir ao filme novamente e foi muito bom reencontrar Patrick Swayze no auge da forma. Infelizmente o ator morreu aos 57 anos em 2009. Percebi que mesmo após 28 anos o longa-metragem não envelheceu e que as músicas como Be my Babe (The Ronettes), Big Girls Don't Cry (Frankie Valli & The Four Seasons), Wipe Out (The Surfaris) tornaram aquele romance inesquecível.




A história aconteceu no verão de 1963. O médico Jake Houseman (Jerry Orbach) levou a esposa Marjorie (Kelly Bishop) e as filhas Lisa (Jane Brucker) e Frances “Baby” Houseman (Jennifer Grey), para as férias num resort em Catskills. O anfitrião Max Kellerman (Jack Weston) já na primeira noite, ofereceu um baile aos hóspedes e seu inconveniente sobrinho Neil Kellerman (Lonny Price), se encantou pela jovem Baby. Porém os olhos da jovem de 17 anos se iluminaram, quando ela assistiu a apresentação de dança de Johnny Castle (Patrick Swayze) e Penny Johnson (Cynthia Rhodes). Mais tarde, com a ajuda de Billy Kostech (Neal Jones), Baby descobriu que a festa mais animada do resort acontecia no alojamento dos funcionários.




Baby frequentava o alojamento para se aproximar de Johnny e logo descobriu que a dançarina Penny estava grávida do garçom e estudante de medicina Robbie Gould (Max Cantor). Abandonada pelo rapaz, estava decidida a fazer um aborto. Como o procedimento, estava marcado para o dia da apresentação de dança num resort próximo, Baby se ofereceu para ser a sua substituta. Ela ensaiou muito e a dupla foi muito aplaudida, mas na volta para o hotel, encontraram Penny quase morrendo no alojamento. Baby chamou seu pai para tentar salvar a amiga e depois ele foi hostil com Johnny, porque imaginou que ele fosse o pai da criança. O casal estava cada vez mais apaixonado, mas a diferença de classe social e o desentendimento do Dr Jake com Johnny complicava a situação.




O amor proibido de Johnny e Baby era verdadeiro, mas ele se sentia incomodado, porque a amada não assumia o relacionamento para a família. Cenas de romance e brigas se eternizaram ao som de canções como Hey Baby (Bruce Channel) e Will Love Me Tomorrow (The Shirelles). Johnny se complicou no resort quando foi acusado de furto e não podia revelar que tinha passado a noite inteira com Baby em seu quarto. Seria ele capaz de revelar o segredo de sua amada? Ela defenderia seu amado, sabendo que envolvimentos com hóspedes geravam demissão imediata? Com um desfecho musical inesquecível, Dirty Dancing – Ritmo Quente conquistou fãs no mundo inteiro. Com o sucesso, o ator Patrick Swayze foi escolhido para o filme Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990) e Jennifer Grey deixou de ser simplesmente a irmã de Ferris Bueller. 


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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Sem Reservas / No Reservations (2007)



O diretor Scott Hicks escolheu o ambiente da alta gastronomia para ambientar a história da chefe de cozinha Kate Armstrong, que mesmo após anos de terapia, não admitia que era monotemática e chata. Para ela o sinônimo de solidão era liberdade! Assisti Sem Reservas / No Reservations em 2007 no cinema e confesso que fiquei curioso porque a trama abordava a transformação forçada na vida da chefe de cozinha Kate. O longa-metragem me fez sentir os aromas e sabores, sempre muito bem acompanhados de uma trilha sonora maravilhosa. Na minha opinião, a magia da gastronomia existe porque os melhores momentos entre amigos ocorrem na cozinha. O ato de preparar e posteriormente servir os pratos aos amigos é como uma ritual, que gera a oportunidade de contar e ouvir as grande histórias! 




Kate Armstrong (Catherine Zeta-Jones) era uma chefe de cozinha francesa, arrogante, individualista e metódica. Solitária, sua única motivação era o trabalho. A noite daquele sábado seria especial para ela, porque ela receberia a visita da sua irmã Christine (Arija Bareikis) e da sua sobrinha Zoe (Abigail Breslin) para o jantar. Ainda no restaurante, Kate recebeu um telefonema informando que o carro da sua irmã tinha se envolvido num acidente. Infelizmente sua irmã tinha morrido, mas sua sobrinha estava viva. Como o pai de Zoe nunca assumiu a filha, a menina estava órfã. A solteira Kate ficou assustada, porque a partir daquela tragédia, a sua sobrinha moraria com ela em Nova Iorque. Nos primeiros dias, a chefe de cozinha não trabalhou para cuidar de Zoe, que não comi a nana e chorava muito. Quando Kate voltou ao restaurante teve uma surpresa desagradável. Um subchefe de cozinha tinha sido contratado durante a sua ausência e as pessoas adoravam trabalhar ao seu lado. 




O subchefe de cozinha italiana Nick Palmer (Aaron Eckhart) era gentil, bem humorado, alegre a só cozinhava ouvindo ópera. A convivência dos dois foi muito complicada, porque Kate fazia questão de ignorar o estilo gastronômico dele. A arrogância de Kate só foi quebrada quando Zoe foi ao restaurante e comeu um prato imenso de macarrão com molho basílico, preparado por Nick. A humildade de Kate durou alguns segundos e logo ela passou a reclamar de Nick. Paula (Patricia Clarkson) era a dona do restaurante e estava cansada do modo como Kate tratava a equipe de trabalho. Porém a situação começou a se modificar quando Kate esqueceu Zoe na escola e ficou devendo um desejo para a sobrinha. A menina escolheu a noite de sábado, para comer pizza caseira, ao lado de Kate e Nick! O tema da noite foi um Safari na África e todos se divertiram muito. Já de madrugada, Kate perguntou para Nick: “Por que você não tem uma cozinha própria?” Ele respondeu: “Ainda não chegou a proposta certa!” 




Como Zoe acompanhava Kate todas as noites no restaurante, seu rendimento escolar caiu muito, porque ela tinha sono de manhã. A diretora reclamou e a tia proibiu a menina de acompanhá-la no trabalho. Zoe ficou revoltada e sua tia decidiu não trabalhar aquele dia para dar mais atenção a sobrinha. Naquela noite Nick motivou a equipe, foi competente e conquistou os clientes. Encantada pelo seu carisma, Paula o convidou para ser o novo chefe de cozinha do restaurante. De madrugada, Nick levou "fondue" para Kate e eles começaram a namorar. No dia seguinte, os três passearam juntos pelo parque, como uma família feliz. Porém quando Kate voltou para o trabalho na segunda-feira, percebeu que Paula só elogiava o trabalho de Nick. A enfurecida Kate se trancou com Nick na câmara fria para discutir. Foi quando ele disse: “Paula me convidou para ser o chefe do restaurante!” Pegou suas coisas e pediu demissão. Kate chegou decepcionada em casa decepcionada pela atitude de Paula e se surpreendeu quando ouviu o recado de Nick em sua secretária eletrônica: “Só para constar... Eu recusei!” 




O longa-metragem Sem Reservas / No Reservations conquistou os amantes da gastronomia em todo o mundo, porque os pratos foram preparados por renomados chefes de cozinha. A beleza dos pratos era tão grande, que quase podíamos sentir os aromas no cinema. Depois de assistir ao filme, muitas pessoas passaram a se arriscar mais na arte de cozinhar! Já o roteiro foi muito verdadeiro, porque nos mostrou que a vida pode nos trazer surpresas inesperadas, que muitas vezes nos obrigam a renunciar a certas coisas. Com criatividade e bom gosto, a história me envolveu completamente e acredite que o desfecho surpreenderá você! Inspire-se e liberte o chefe de cozinha que está adormecido dentro de você... 


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