quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Campo dos Sonhos / Field of Dreams (1989)




Cresci ouvindo lindas histórias sobre os grandes times do passado, que encantavam as torcidas com talento e genialidade. É emocionante ouvir um fã contar os incríveis lances de seus eternos ídolos. Confesso que já tentei imaginar como eram aqueles fantásticos jogos do passado, mas percebi que infelizmente é inimaginável. Provavelmente o desejo de ver os grandes jogadores de beisebol do passado inspirou o escritor canadense William Patrick Kinsella, que em 1982 escreveu o livro Shoeless Joe. A história do livro era tão emocionante que inspirou o diretor de cinema Phil Alden Robinson a roteirizar e dirigir um longa-metragem sobre a história. Campo dos Sonhos / Field of Dreams chegou aos cinemas em 1989, tendo atores como Kevin Costner, Ray Liotta e o saudoso Burt Lancaster em seu elenco.  





Ray Kinsella (Kevin Costner) perdeu a mãe ainda criança e foi criado pelo pai John Kinsella (Dwier Brown). Pela influência direta do pai, Ray tornou-se fã do jogador de beisebol Joe “Shoeless” Jackson (Ray Liotta) e suas jogadas espetaculares. Porém a convivência entre pai e filho não era harmoniosa e Ray decidiu estudar numa universidade bem longe de sua casa. Porém a última discussão entre eles tinha sido sobre o jogador Joe “Shoeless” Jackson. Ray descobriu que ele teve a carreira encerrada após ter sido expulso da Liga de Beisebol e do time do Chicago White Sox, porque tinha recebido suborno para perder um jogo do campeonato de 1919. Ray estava tão descontrolado que disse ao pai que jamais o respeitaria, porque seu ídolo era um bandido. Naquele ano Ray conheceu Annie (Amy Madigan), uma jovem que pregava a liberdade e a paz.






No ano da formatura, Ray e Annie se casaram, com a promessa de que sempre buscariam viver junto a natureza. Alguns anos depois, o casal teve uma filha chamada Karin (Gaby Hoffmann) e decidiram comprar uma área rural no interior do estado de Iowa. Ray sempre cultivava milho, que infelizmente sofria com a queda no valor de venda dos grãos. Infelizmente a dívida de Ray com o banco aumentava a cada semana. Felizmente a vida de Ray Kinsella começou a mudar num final de tarde, quando ele andava no meio da plantação e uma voz disse: “Se você construir, ele virá!” Inicialmente ele achou que estava alucinando, principalmente porque ninguém ouvia aquela voz. Logo Ray teve uma visão! Ele enxergou um belo campo de beisebol numa área de sua plantação e no dia seguinte derrubou milhares de pés de milho para construir o campo.






Depois que o campo de beisebol ficou pronto, ficou sem função por vários meses, porque nada aconteceu. Para piorar a situação, Ray estava sendo pressionado pelo banco para entregar a fazenda. Numa noite de desespero, Ray e Annie conversam em busca de soluções financeiras até que Karin surpreendeu dizendo: “Papai, tem um homem no seu campo!” Para a surpresa dele, o visitante era o jogador Joe “Shoeless” Jackson. A partir daquele dia, o jogador sempre voltava para aquele campo para treinar e ainda trazia vários amigos com ele. Ray achava que aquele campo tinha sido construído para que o espírito de “Shoeless” pudesse jogar 70 anos depois. Outro jogador de beisebol que chamava a atenção era Archibald “Moonlight” Graham (Frank Whaley / Burt Lancaster), que tinha como sonho efetuar uma única rebatida oficial, para depois estudar medicina.






O tempo foi passando e Ray acreditava que sua missão estava cumprida, mas não entendia porque jogadores mortos, voltaram para jogar em seu campo de beisebol. Assisti ao longa-metragem no cinema e lembro-me que a plateia chorou muito com o desfecho final, ao som da trilha sonora do inesquecível James Horner. A história mostra que almas arrependidas, precisaram voltar para encontrar o perdão! Nunca mais esqueci da frase de um dos personagens do longa-metragem que disse: “O paraíso é o lugar onde os sonhos se realizam.” Com um final realmente surpreendente, Campo dos Sonhos é um longa-metragem emocionante, que fará você valorizar mais o passado, agradecer o presente que a vida lhe dá e se preparar para um futuro com paz de espírito.





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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Férias Frustradas / Vacation (2015)



Na minha opinião de cinéfilo, os clássicos deveriam ser eternizados, para que novas histórias pudessem ser contadas. Não consigo imaginar uma nova versão de filmes como O Iluminado (1980), De Volta para o Futuro (1985), Curtindo a Vida Adoidado (1985) ou Uma Linda Mulher (1990). Porém a indústria cinematográfica sofre com a diminuição de público e utiliza uma estratégia criativa como exibições em 3D, refilmagens e continuações para tentar aumentar os seus lucros. O problema dos filmes em 3D é que a imagem fica escura e o recurso geralmente não é aproveitado em benefício da narrativa. Quanto as refilmagens, muitas pecam por recontar a mesma história e não conseguem manter o clima da obra original. Já as continuações possuem maiores chances de agradar ao público, porque trazem elementos da história original e podem desenvolver algo novo. 





A grande sensação do verão de 1983 era o parque de diversões Wally World. Com o objetivo de viver uma aventura inesquecível em família, Clark Griswold (Chevy Chase) decidiu levar sua esposa Ellen (Beverly D'Angelo) e os filhos Rusty (Anthony Michael Hall) e Audrey (Dana Barron), para o famoso parque. O problema é que ele planejou viajar pelos 3.690 quilômetros, entre Illinois e a Califórnia, num carro. A comédia de erros Férias Frustradas /National Lampoo's Vacation (1983), dirigida pelo eterno caça-fantasma Harold Ramis, roteirizada pelo genial John Hugues, foi um sucesso de bilheteria e entrou para a história do cinema. Depois de muitos anos, o estúdio Warner decidiu que a franquia voltaria aos cinemas em 2015, mas a história seria uma continuação e não uma refilmagem. Agora o chefe da família é Rusty Griswold (Ed Helms), que ao lado da esposa Debbie (Christina Applegate) e os filhos James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins) vivem novas histórias da família Griswold.






Rusty Griswold era um piloto de avião da pequena empresa regional EconoAir. Trabalhava muito para dar uma vida tranquila para a sua família. Porém num jantar com amigos, Rusty descobriu que sua esposa sentia uma grande frustração por nunca ter passado férias em Paris. Na mesma noite ficou perplexo quando percebeu que não tinha amizade com seus filhos. Determinado a mudar essa situação e inspirado pelo seu pai Clark Griswold, Rusty decidiu refazer a viagem entre Illinois e a Califórnia para revisitar Wally World. Quando o animado Rusty informou que a viagem de 3.690 quilômetros seria a bordo de um carro, os familiares consideraram a ideia insana. Na locadora só havia a opção de um estranho carro albanês azul e Rusty não imaginava quantos problemas aquele veículo causaria. Empolgado, ele cantava sozinho o sucesso “Kiss from a Rose” do Seal durante a viagem, para animar sua mal humorada família.




A nova aventura da família Griswold, dirigida por John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein, chega com uma linguagem contemporânea ao cinema, recheada de alguns palavrões, momentos escatológicos e diálogos de duplo sentido. É uma comédia que mesmo tendo uma referência da década de 80, precisou se adequar aos novos padrões para sobreviver. Foi muito interessante rever Audrey (Leslie Mann), a irmã de Rusty, agora casada com o estranho Stone Crandall (Chris Hemsworth). Gostei das sequências da “Fonte Griswold” de águas termais e da visita de Debbie “topa tudo” a sua antiga universidade. Mas o meu coração bateu muito mais forte quando apareceram na telona Clark Griswold e Ellen. Foi como reencontrar parentes queridos 32 anos depois. Férias Frustradas / Vacation (2015) tem um desfecho bem interessante, que faz uma homenagem ao original, mas que surpreenderá quando você menos esperar.




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terça-feira, 15 de setembro de 2015

*_* Drops - 7.000 visitas no blog



Através do blog Minha Vida no Cinema, ganhei amigos pelo mundo. Nossa paixão pela Arte do Cinema nos uniu e guardo com carinho todas as mensagens recebidas. Escrevo meus textos com muito amor e dedicação!




O blog foi lido em 31 países e recebeu 7.000 visitas desde a sua criação em 2014. Agradeço a cada um de vocês pela atenção e respeito! Muito obrigado pela sua visita!


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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Missão Impossível - Nação Secreta / Mission: Impossible - Rogue Nation (2015)



A série de televisão Missão Impossível foi produzida pela Rede CBS entre 1966 e 1973. Os episódios mostravam as aventuras de uma equipe da I.M.F. (Impossibles Missions Force – Força de Missões Impossíveis), pertencente a inteligência norte-americana no período da Guerra Fria. O líder era o agente Jim Phelps (Peter Graves), que coordenava o trabalho em equipe. Já a franquia Missão Impossível chegou ao cinema na década de 90 e já produziu 5 longas-metragens. Brian De Palma dirigiu o thriller de suspense Missão Impossível em 1996. John Woo abusou das câmeras lentas na exgarada aventura Missão Impossível 2 em 2000. O diretor J. J. Abrams migrou da televisão (série LOST) e dirigiu um filme extremamente emocional em Missão Impossível 3 em 2006. Brad Bird migrou da PIXAR e criou uma aventura incrível em Missão Impossível – Protocolo Fantasma em 2011. Christopher McQuarrie dirigiu uma aventura frenética em Missão Impossível – Nação Secreta em 2015.






Na minha opinião de cinéfilo, Missão Impossível – Nação Secreta / Mission: Impossible – Rogue Nation (2015), foi o melhor longa-metragem da franquia Missão Impossível. Ethan Hunt (Tom Cruise) descobriu que o Sindicato era uma nação secreta, liderada por um ex-agente chamado Atlee (Simon McBurney), que controlava alguns políticos e autoridades policiais. O chefe da facção criminosa estava irritado porque uma lista de membros do Sindicato havia sido roubada de seu escritório. Ethan Hunt queria utilizar todos os recursos da agência de inteligência para ter esse arquivo em mãos e provar a existência da facção criminosa. Justamente naquela semana, o agente Alan Hunley (Alec Baldwin) da CIA, tinha convencido o governo norte-americano a extinguir a I.M.F. Clandestino, Hunt decidiu recrutar parte de sua antiga equipe para a nova missão, mas foi capturado de surpresa por Atlee. Foi quando percebeu que seu rival era tão bem treinado quanto ele.






A equipe recrutada por Ethan Hunt era composta por Benji Dunn (Simon Pegg), Luther Stickell (Ving Rhames) e William Brandt (Jeremy Renner). Aos poucos a equipe extra-oficial da I.M.F. descobriu que os membros do Sindicato eram muito bem treinados, principalmente a bela e enigmática agente Ilsa Faust (Rebecca Ferguson). Ela participava das ações do Sindicato, mas quando tinha uma oportunidade, ajudava o agente Ethan Hunt. O ritmo frenético do longa-metragem ficou evidente desde o início. Na primeira sequência, há uma cena impressionante do avião, que já valeu o preço do ingresso. O mais incrível é que Tom Cruise dispensou o dublê nas cenas do avião. A coragem do ator para gravar cenas perigosas, facilitam o trabalho dos diretores da franquia, porque podem aproximar as câmeras e mostrar o seu rosto. Porém todos os diretores da franquia já confirmaram que a pressão do estúdio e da seguradora é gigantesca.






A sequência da ópera Turandot, de autoria de Giacomo Puccini, com destaque para a área do último ato chamada Nessun Dorma é sensacional. As lutas de Ethan Hunt nos bastidores do espetáculo, ao som da ópera são espetaculares. Presente na noite do espetáculo, a agente Ilsa Faust, mais uma vez não deixou claro quais eram seus objetivos. Missão Impossível – Nação Secreta ainda impressiona na sensacional perseguição das motocicletas e na claustrofóbica sequência do reservatório de água. Todas as cenas ficaram ainda mais espetaculares, com a nova versão do tema original, criado por Lalo Schifrin na década de 60. Com um roteiro inteligente, o desfecho do longa-metragem é inimaginável e surpreendente. Assisti num cinema lotado e jamais esquecerei da vibração das pessoas. Impossível será você não se empolgar com esse filme! Tom Cruise revitalizou Missão Impossível e a Paramount já confirmou o sexto filme da franquia para 2017.


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