O escritor inglês Charles Dickens (1812 - 1870) escreveu o romance
Um Conto de Natal em 1848 e jamais imaginou que o sucesso seria tão
grande. Sou completamente apaixonado pela história do Senhor Scrooge
e adoro assistir todas as adaptações cinematográficas desse conto
natalino. A primeira vez que assisti a uma adaptação do romance de
Dickens foi aos 7 anos, quando a TV Cultura exibiu a história em
desenho animado e fiquei empolgadíssimo. Várias adaptações
natalinas se inspiraram livremente na história, entre eles posso
citar Um Conto de Natal (2004), O Expresso Polar (2004), O Natal de
Dennis – O Pimentinha (2007), O Natal dos Muppets (1992) entre
tantos outros. Entre tantas adaptações, aquela que mais se
aproximou do texto original do livro foi o longa-metragem Os
Fantasmas de Scrooge / A Christmas Carol (2009), porque manteve todos os personagens do
livro e ainda conseguiu transpor para as telonas as cenas imaginadas
pelo escritor.
O diretor
do filme é o visionário Robert Zemeckis, que mais uma vez apostou
na técnica de captura de movimentos. É impressionante perceber a
evolução tecnológica entre o filme O Expresso Polar (2004) e Os
Fantasmas de Scrooge (2009), ambos dirigidos por ele. Confesso que
adoro os dois filmes, embora a grande qualidade do primeiro seja o
roteiro e não a tecnologia. O responsável pela trilha sonora é
Alan Silvestri e graças a sua competência, os espectadores se
sentem na Inglaterra do século XIX. A história do longa-metragem se
inicia em 24 de dezembro de 1836, quando Abenezer Scrooge estava
observando o corpo de seu ex-sócio Jacob Marley (Gary Oldman) na
urna funerária. Como costume da época, o pobre defunto tinha uma
moeda em cada olho, porém o avarento Abenezer Scrooge (Jim Carrey)
tirou as duas moedas do rosto do amigo e as guardou no bolso,
justificando que eram dinheiro. Scrooge era um homem sovina,
ranzinza, solitário e que odiava o Natal. Ganhava muito dinheiro em
seu escritório e seu fiel secretário era Bob Cratchit (Gary
Oldman), que tinha uma família unida e um filho pequeno chamado
Tinny (Gary Oldman) que tinha uma saúde frágil.
Scrooge
tinha um sobrinho chamado Fred (Colin Firth), filho de sua falecida
irmã Fanny e na tarde do dia 24 de dezembro de 1943, o rabujento fez
questão de dizer o seguinte ao sobrinho: “Natal é a hora de
comprar as coisas sem ter o dinheiro, de ficar um ano mais velho e
nem um centavo mais rico. Se eu pudesse fazer um pedido, todo idiota
que saísse por aí dizendo Feliz Natal seria fervido em água quente
e enterrado com um galho no coração.” Evidentemente todos os
corais natalinos paravam de cantar quando o Senhor Scrooge se
aproximava deles com cara de poucos amigos. Naquela mesma noite,
Scrooge estava em sua casa quando um fantasma apareceu. Para ele
aquela visão era resultado de uma indisposição estomacal. Era seu
ex-sócio Jacob Marley que voltou 7 anos após a morte para convencer
Scrooge a mudar de comportamento porque senão ele passaria boa parte
de sua eternidade arrastando correntes. Completou a mensagem dizendo
que Scrooge seria assombrado por três espíritos nas próximas três
noites.
O
primeiro fantasma a aparecer era o do Natal Passado. Voou com Scrooge
ao som da Ave Maria e juntos visitaram a escola do jovem Ebenezer e
viram sua irmã Fanny que faleceu no parto de Fred. Encontraram sua
ex-namorada, que foi desprezada por ele porque não tinha dote.
Scrooge se emocionou ao reencontrar o seu primeiro patrão, o
sorridente e feliz Sr Fezziwig (Bob Hoskins). Confuso o velho
avarento voltou para seu quarto, mas logo o Fantasma do Natal
Presente surgiu na sua frente. Fez questão de mostrar que este
poderia ser o último Natal do pequeno Timmy. Aproveitou para mostrar
para Scrooge duas crianças estranhas que eram filhas da humanidade.
Uma se chamava Ignorância e a outra Necessidade. Scrooge gritou e
sentiu medo até perceber que havia retornado ao seu quarto. Logo
surgiu o Fantasma do Natal Futuro que mostrou que a morte estaria
presente na vida das pessoas. O pequeno Timmy morreu por causa da
doença e sua família ficou revoltada. Scrooge cai numa sepultura e
quando percebe vê seu nome na lápide e se desespera.
Quando os
primeiros raios de sol aparecem, Scrooge ficou feliz por estar vivo e
abriu a janela de seu quarto. Viu um garoto e perguntou: “Que dia é
hoje meu rapazinho?” O menino respondeu: “É Dia de Natal”.
Scrooge concluiu que os três espíritos encontraram com ele na mesma
noite. Ele pede que o menino traga o dono do açougue com o peru
gigantesco que estava em exposição e o envia para a família do Sr
Cratchit. Scrooge surpreende o sobrinho ao chegar para o almoço e de
tão feliz faz questão de frisar que no próximo Natal o almoço
será na sua casa. No dia 26 o Sr Cratchit chegou 16 minutos
atrasado. O patrão olha bem nos olhos dele e diz: “Feliz Natal.” O
senhor ganhará um belo aumento de salário e uma ajuda financeira
para a sua família. Nos Natais seguintes Scrooge era quem mais sabia
aproveitar a data. Foi um segundo pai para Timmy que se curou da
doença. Todo Natal Scrooge circulava com o menino nos ombros pelas ruas,
enquanto Timmy gritava em alto e bom som: “Deus abençoe a todos”.
Simplesmente perfeito!
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