terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Os Fantasmas de Scrooge / A Christmas Carol (2009)




O escritor inglês Charles Dickens (1812 - 1870) escreveu o romance Um Conto de Natal em 1848 e jamais imaginou que o sucesso seria tão grande. Sou completamente apaixonado pela história do Senhor Scrooge e adoro assistir todas as adaptações cinematográficas desse conto natalino. A primeira vez que assisti a uma adaptação do romance de Dickens foi aos 7 anos, quando a TV Cultura exibiu a história em desenho animado e fiquei empolgadíssimo. Várias adaptações natalinas se inspiraram livremente na história, entre eles posso citar Um Conto de Natal (2004), O Expresso Polar (2004), O Natal de Dennis – O Pimentinha (2007), O Natal dos Muppets (1992) entre tantos outros. Entre tantas adaptações, aquela que mais se aproximou do texto original do livro foi o longa-metragem Os Fantasmas de Scrooge / A Christmas Carol (2009), porque manteve todos os personagens do livro e ainda conseguiu transpor para as telonas as cenas imaginadas pelo escritor.





O diretor do filme é o visionário Robert Zemeckis, que mais uma vez apostou na técnica de captura de movimentos. É impressionante perceber a evolução tecnológica entre o filme O Expresso Polar (2004) e Os Fantasmas de Scrooge (2009), ambos dirigidos por ele. Confesso que adoro os dois filmes, embora a grande qualidade do primeiro seja o roteiro e não a tecnologia. O responsável pela trilha sonora é Alan Silvestri e graças a sua competência, os espectadores se sentem na Inglaterra do século XIX. A história do longa-metragem se inicia em 24 de dezembro de 1836, quando Abenezer Scrooge estava observando o corpo de seu ex-sócio Jacob Marley (Gary Oldman) na urna funerária. Como costume da época, o pobre defunto tinha uma moeda em cada olho, porém o avarento Abenezer Scrooge (Jim Carrey) tirou as duas moedas do rosto do amigo e as guardou no bolso, justificando que eram dinheiro. Scrooge era um homem sovina, ranzinza, solitário e que odiava o Natal. Ganhava muito dinheiro em seu escritório e seu fiel secretário era Bob Cratchit (Gary Oldman), que tinha uma família unida e um filho pequeno chamado Tinny (Gary Oldman) que tinha uma saúde frágil.






Scrooge tinha um sobrinho chamado Fred (Colin Firth), filho de sua falecida irmã Fanny e na tarde do dia 24 de dezembro de 1943, o rabujento fez questão de dizer o seguinte ao sobrinho: “Natal é a hora de comprar as coisas sem ter o dinheiro, de ficar um ano mais velho e nem um centavo mais rico. Se eu pudesse fazer um pedido, todo idiota que saísse por aí dizendo Feliz Natal seria fervido em água quente e enterrado com um galho no coração.” Evidentemente todos os corais natalinos paravam de cantar quando o Senhor Scrooge se aproximava deles com cara de poucos amigos. Naquela mesma noite, Scrooge estava em sua casa quando um fantasma apareceu. Para ele aquela visão era resultado de uma indisposição estomacal. Era seu ex-sócio Jacob Marley que voltou 7 anos após a morte para convencer Scrooge a mudar de comportamento porque senão ele passaria boa parte de sua eternidade arrastando correntes. Completou a mensagem dizendo que Scrooge seria assombrado por três espíritos nas próximas três noites.







O primeiro fantasma a aparecer era o do Natal Passado. Voou com Scrooge ao som da Ave Maria e juntos visitaram a escola do jovem Ebenezer e viram sua irmã Fanny que faleceu no parto de Fred. Encontraram sua ex-namorada, que foi desprezada por ele porque não tinha dote. Scrooge se emocionou ao reencontrar o seu primeiro patrão, o sorridente e feliz Sr Fezziwig (Bob Hoskins). Confuso o velho avarento voltou para seu quarto, mas logo o Fantasma do Natal Presente surgiu na sua frente. Fez questão de mostrar que este poderia ser o último Natal do pequeno Timmy. Aproveitou para mostrar para Scrooge duas crianças estranhas que eram filhas da humanidade. Uma se chamava Ignorância e a outra Necessidade. Scrooge gritou e sentiu medo até perceber que havia retornado ao seu quarto. Logo surgiu o Fantasma do Natal Futuro que mostrou que a morte estaria presente na vida das pessoas. O pequeno Timmy morreu por causa da doença e sua família ficou revoltada. Scrooge cai numa sepultura e quando percebe vê seu nome na lápide e se desespera.






Quando os primeiros raios de sol aparecem, Scrooge ficou feliz por estar vivo e abriu a janela de seu quarto. Viu um garoto e perguntou: “Que dia é hoje meu rapazinho?” O menino respondeu: “É Dia de Natal”. Scrooge concluiu que os três espíritos encontraram com ele na mesma noite. Ele pede que o menino traga o dono do açougue com o peru gigantesco que estava em exposição e o envia para a família do Sr Cratchit. Scrooge surpreende o sobrinho ao chegar para o almoço e de tão feliz faz questão de frisar que no próximo Natal o almoço será na sua casa. No dia 26 o Sr Cratchit chegou 16 minutos atrasado. O patrão olha bem nos olhos dele e diz: “Feliz Natal.” O senhor ganhará um belo aumento de salário e uma ajuda financeira para a sua família. Nos Natais seguintes Scrooge era quem mais sabia aproveitar a data. Foi um segundo pai para Timmy que se curou da doença. Todo Natal Scrooge circulava com o menino nos ombros pelas ruas, enquanto Timmy gritava em alto e bom som: “Deus abençoe a todos”. Simplesmente perfeito!


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