sábado, 29 de novembro de 2014

*_* Drops - Um Conto de Natal de Charles Dickens

 



O romance intitulado Um Conto de Natal (Christmas Carol) foi escrito pelo escritor inglês Charles Dickens (1812 – 1870) e publicado em 19 de dezembro de 1843. Criador de personagens famosos como Oliver Twist e David Copperfield, Dickens considerava o romance como um simples livrinho de Natal. 




Porém a história tornou-se um sucesso, atingindo a marca de mais de 6.000 exemplares vendidos em apenas uma semana após o lançamento. O personagem Ebenezer Scrooge, representa uma crítica de Dickens ao mundo cada vez mais industrializado da época, que já esquecia o verdadeiro Espírito do Natal. 




No romance Scrooge é um homem avarento, que odeia as comemorações natalinas. Na noite da véspera do Natal ele recebe a visita do fantasma do ex-sócio Marley, que alerta que o sofrimento do lado de lá é enorme para as pessoas que não foram caridosas e bondosas. 




Além disso, avisou que Scrooge receberia a visita de três fantasmas a cada badalada de hora cheia. A história tornou-se um clássico da literatura mundial e já teve inúmeras adaptações e homenagens no cinema.



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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Amor Sem Escalas / Up in the Air (2009)



Inicialmente quero deixar claro que a tradução em português do título do longa-metragem foi horrível. Amor Sem Escalas (2009) induz o público a pensar que se trata de uma comédia romântica, quando na realidade é um drama que trata de temas como desemprego, família e amor. O título original do filme é Up in the Air. O competente diretor Jason Reitman trouxe mais uma vez para as telas do cinema uma série de conflitos emocionais, assim como em Juno (2008) e Obrigado Por Fumar (2006), também dirigidos por ele. Dos três filmes, Amor Sem Escalas foi o que mais me surpreendeu porque nos apresenta a vida de Ryan Bingham (George Clooney), um profissional especializado em demitir pessoas. A empresa para a qual ele trabalha, enxergou na crise financeira norte-americana uma forma de alavancar os lucros, terceirizando a demissão das pessoas. Na prática eles fazem o serviço que ninguém está disposto a fazer. Seu chefe Craig Gregory (Jason Bateman) afirmou: “A economia está ruim e isso é ótimo pra gente!” Assim Ryan viaja por todas as regiões do país demitindo as pessoas, olhando nos olhos delas, tentando convencê-las de que aquele momento não é o fim de uma carreira, mas o início de uma fase de transformação.





Como o filme aborda o tema demissão por vários ângulos, o longa-metragem é recomendado para estudantes de Administração de Empresas e de Recursos Humanos. Ryan Bingham seguia tranquilo como membro da equipe de profissionais especializados em demitir pessoas, sonhando em ser o 7º passageiro do mundo a completar 10 milhões de milhas aéreas, até que foi informado que suas viagens seriam canceladas num futuro próximo. A alta direção da organização decidiu que a melhor forma de diminuir os custos organizacionais seria demitir as pessoas através de videoconferência. Para implantar o projeto foi contratada a jovem e arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick) que era a idealizadora da ideia. Ryan contestou imediatamente seu chefe dizendo que o ato de demitir uma pessoa exige a presença de alguém pessoalmente na sala e que executar esse trabalho por computador seria irresponsável e desumano. Inseguro na tomada da decisão naquele momento, Craig decidiu que Ryan e Natalie viajariam juntos para troca de experiências.






O convívio profissional entre duas pessoas tão diferentes poderia trazer consequências inimagináveis. Ryan Bingham era um homem maduro, pragmático e solitário. Natalie Keener era uma mulher imatura, romântica e noiva. Esse ciclo de viagens profissionais certamente mudaria a vida deles para sempre. Destaco que as imagens aéreas da viagem são lindas! Numa das escalas, Ryan está muito animado porque reencontrará a bela executiva Alex Goran (Vera Farmiga), com quem mantém uma relação ocasional sem compromisso. Porém quando esse trio se encontra, Natalie está chorando nos braços de Ryan e Alex fica incomodada. Eles vão para o bar do hotel e o trio passa a conversar sobre relacionamentos, família, futuro. Surge entre eles uma sinergia muito grande e aquele final de semana mudará a vida pessoal dos três executivos para sempre.





Na semana seguinte Natalie retorna para reformular o seu projeto de demissão por videoconferência e Ryan convida Alex para ser sua acompanhante no casamento de sua irmã. Durante o final de semana a executiva descobriu que Ryan é praticamente um estranho na família porque passa meses sem telefonar. Após a festa o casal se separa e Ryan volta para a organização. Craig finalmente decidirá se o projeto de demissão das pessoas será executado pessoalmente ou por videoconferência. Para isso será importante lembrar que as pessoas demitidas são seres humanos. Natalie terá que repensar se o seu projeto de demissão virtual é realmente eficiente. O apaixonado Ryan terá que decidir se irá se casar com Alex. Porém a vida cobra atitudes das pessoas, que muitas vezes se omitem e dessa forma as decisões poderão chegar tarde demais. 


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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Um Convidado Bem Trapalhão / The Party (1968)



Quando o filme Um Convidado Bem Trapalhão / The Party (1968) foi lançado eu ainda não tinha nascido. Meus pais assistiram no cinema e me contaram que a plateia ria do começo ao fim. Muitos anos depois eu tive a oportunidade de assistir Um Convidado Bem Trapalhão numa mostra de cinema dos grandes mestres da comédia. Eu também dei muita risada com essa comédia simples e inteligente. O produtor do longa-metragem foi Blake Edwards, responsável pela produção da franquia A Pantera Cor-de-Rosa no cinema (1963 – 1982). A trilha sonora era de responsabilidade do maestro Henry Mancini, que criou o tema do filme A Pantera Cor-de-Rosa em 1963. O ator principal era Peter Sellers, um ator genial que transitava entre drama e comédia com maestria. Nos bastidores do cinema comenta-se que os grandes atores de comédia costumam dar um show de interpretação em dramas. Jim Carrey e Ben Stiller são provas disso após suas interpretações em O Show de Truman (1998) e A Vida Secreta de Walter Mitty (2013), onde Ben Stiller prestou uma homenagem a Peter Sellers quando mostrou a capa da Revista Life que trazia o rosto do ator na capa.






O longa-metragem Um Convidado Bem Trapalhão traz a história de um ator indiano chamado Hrundi V. Bakshi (Peter Sellers). O sonho dele era participar de filmes de Hollywood, mas ele acabou criando inúmeros problemas no set de filmagem. Infelizmente ele era muito atrapalhado e mesmo com uma enorme boa vontade, destruiu um castelo cenográfico, gerando um prejuízo gigantesco para o estúdio. Acredite que essa sequência inicial dele no set de filmagem já vale o ingresso! Obviamente ele foi demitido pelo furioso diretor do filme, que entrou em contato com o Diretor Executivo do estúdio Fred Clutterbuck (J. Edward McKinley), para pedir a demissão do ator pelo prejuízo. Furioso ele anotou o nome de Hrundi V. Bakshi e afirmou que ele seria demitido imediatamente. Porém um engano mudaria o destino do personagem principal da história. O nome de Hrundi foi anotado numa lista de convidados de uma festa da esposa do chefão, a senhora Alice Clutterbuck (Fay McKenzie). Quando a secretária entrou e perguntou sobre a lista de convidados, nervoso ele respondeu que estava em cima da mesa.






Hrundi V. Bakshi ficou muito feliz quando recebeu o convite para a festa de gala na casa do Diretor Executivo do estúdio. Os elegantes convidados trajavam smoking ou belos vestidos longos. Hrundi chegou todo satisfeito com seu terno claro, meia vermelha e sapatos brancos! Todos se perguntavam quem era aquele convidado, mas ninguém sabia responder. Sua curiosidade criou inúmeras situações hilárias. São tantas situações engraçadas que vou deixar a surpresa para você, porém destaco a cena em que Hrundi vai até a suíte do casal. A cena é hilária e eu chorei de tanto rir. Uma curiosidade sobre essa cena do banheiro é que ela serviu de inspiração para Ben Stiller no filme Quero Ficar com Polly (2004). Durante a festa Hrundi foi se aproximando da bela atriz novata Michele Monet (Claudine Longet) e um romance poético e puro nasceu desse encontro. Outro destaque do longa-metragem é o ator Steve Franken que interpretou o personagem Levinson, o garçom que durante a festa vai ficando cada vez mais bêbado. A performance do ator foi tão competente que seu personagem é tão lembrado quando o protagonista.






Para desespero da anfitriã Alice Clutterbuck, sua filha hippie chegou com um grupo enorme de amigos. Completamente alternativos acabam quebrando as regras da festa de gala e tudo começa a fugir do controle. A recepção segue e anfitriões, convidados, banda, empregados e os penetras se misturavam num caos inimaginável. As situações eram completamente nonsense e mostravam claramente como era a atmosfera dos jovens rebeldes do final da década de 60. Em clima de paz e amor eles trouxeram até um elefante para dentro da casa. A trilha sonora colabora para a imersão da plateia na cultura hippie. O filme tinha um roteiro bem solto, mas ficava claro que havia uma crítica ácida referente aos bastidores de Hollywood. Dessa forma o longa-metragem nos presenteou com um Peter Sellers descontraído e que improvisou em quase todas as cenas. Um Convidado Bem Trapalhão entrou para a história do cinema como um dos melhores trabalhos de comédia do ator e está classificado entre os cinco melhores filmes de sua carreira.



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