quarta-feira, 24 de agosto de 2016

*_* Séries Antigas da TV - O Elo Perdido / Land of the Lost (1974 a 1976)



Numa tarde de 1980, fiquei muito empolgado, quando assisti ao seriado O Elo Perdido na televisão, pela primeira vez! Os episódios eram exibidos 2 vezes por semana, no horário das 13h30 min. Eu adorava acompanhar as aventuras da Família Marshall naquele Universo Paralelo, repleto de dinossauros, plantas exóticas, templos abandonados, cavernas subterrâneas, criaturas estranhas e muito mistério. A série foi produzida pela Sid & Marty Kroft Television Productions e a primeira temporada foi um grande sucesso de crítica e público. O movimento dos dinossauros, através da técnica de stop-motion com miniaturas, era sensacional. Com a técnica de projeção numa tela de fundo, os atores interagiam com os dinossauros e isso era uma grande novidade para uma série de televisão na década de 70. Se você também foi fã do seriado O Elo Perdido na infância e gostaria de relembrar os personagens e as histórias, saiba que as 3 temporadas foram lançadas no Brasil em DVD. 




A primeira temporada do seriado foi produzida em 1974. Os personagens tinham personalidade e logo conquistaram as crianças e os adultos. Rick Marshall (Spencer Milligan) era um guarda florestal que decidiu fazer uma expedição numa reserva florestal com seus filhos Will (Wesley Eure) e Holly (Kathy Coleman). Durante a descida do rio, um terremoto muito forte atingiu a região e um portal entre dimensões foi aberto. O pequeno bote dos Marshall, foi jogado numa enorme cachoeira e através do portal, eles foram enviados para um mundo desconhecido. Aquele lugar, repleto de ferozes dinossauros, vegetação densa, criaturas estranhas e tecnologia avançada era O Elo Perdido. Presos naquela dimensão, a família Marshall escolheu uma caverna, no alto de uma montanha, como moradia. Logo tornaram-se amigos de Cha-Ka (Philip Paley), um membro do povo primata chamado Pakuni, que se comunicava com dialeto próprio. 




O Tiranossauro Rex apelidado de Zangado, era uma grande ameaça para os Marshall e os Pakunis. Curiosamente, a jovem Holly ficou amiga de um brontossauro herbívoro filhote, que ela carinhosamente chamava de Tonto. Alguns quilômetros ao norte da caverna dos Marshall, havia o Templo da Cidade perdida, que estava abandonado. Porém, nas ruínas abaixo do templo, viviam os altrusianos chamados de Sleestaks, que eram uma espécie de homens-lagarto. Eles não falavam, mas emitiam um som assustador! Várias vezes eles capturaram Will e Holly, para sacrifícios em rituais tribais. Felizmente essas criaturas não gostavam da luz solar e tinham medo do fogo. Naquela região também vivia um Sleestak chamado Enik (Edmiston Walker), que veio do passado, através de um portal entre dimensões. Era muito inteligente e conhecia um pouco da tecnologia das Mesas de Cristais do interior das Pirâmides Pylons, que abriam os portais entre dimensões em ocasiões epeciais. Para voltar ao seu mundo, os Marshall precisariam da ajuda de Enik e sorte!




A primeira temporada da serie O Elo Perdido foi um sucesso, porque a história era educativa, criativa e muito sombria. O único ponto negativo, foram os protestos de mães ao canal NBC, reclamando que já não aguentavam mais os pesadelos de seus filhos com os assustadores Sleestaks. Infelizmente o canal NBC, para renovar o contrato para a segunda temporada, exigiu que os episódios fossem menos sombrios e mais infantis. Então na segunda temporada, a família Marshall e o povo Pakuni, passaram a viver histórias simples. Os Sleestaks tornaram-se menos assustadores e o personagem mais interessante foi O Zarn. Ele era um ser extraterrestre, composto por pontos luminosos, que a bordo de sua espaçonave manipulava a mente dos humanos. O foco educativo da serie tinha sido substituído por aventuras simples. Insatisfeito com a queda na qualidade dos roteiros, Spencer Milligan (Rick Marshall) deixou a serie no final da segunda temporada (1975). 


No primeiro episódio da terceira temporada, Will e Holly estavam do lado de fora do Pylon e Rick estava lá dentro. Inesperadamente, começou um grande terremoto e Rick Marshall desapareceu. Ele provavelmente acertou a sequência da Mesa de Cristal do Pylon e voltou para o seu mundo. A abertura do portal entre dimensões originou o grande terremoto no Elo Perdido, mas é importante destacar, que quando alguma criatura deixava aquela dimensão paralela, outra entrava no seu lugar. O tio Jack Marshall (Ron Harper), que estava procurando a família desaparecida no rio, foi jogado numa enorme cachoeira após um grande terremoto e acordou no Elo Perdido. Infelizmente a caverna onde os Marshall moravam foi destruída, Cha-Ka perdeu a família Pakuni e os Sleestaks perderam sua casa, depois que as cavernas abaixo do Templo da Cidade Perdida foram soterradas. Jack, Will, Holly e Cha-Ka passaram a formar uma família e foram morar num antigo templo ao norte.




Para a frustração dos fãs, os roteiristas modificaram as características originais do seriado, na terceira temporada. O homem primata Cha-Ka passou a morar com a família e aprendeu a língua dos humanos. O Sleestaks foram escravizados por um homem chamado Malak (Richard Kiel) e Enik involuiu e tornou-se inimigo dos Marshall. A audiência caiu muito e a série foi cancelada ao final dessa terceira temporada (1976). Jack, Will e Holly ficaram presos no Elo Perdido para sempre e a história não teve um final. Porém se você assistir somente a primeira temporada e prestar muita atenção aos detalhes do episódio, poderá encontrar um final baseado no time loop (laço temporal) da ficção científica, que é quando um determinado período de tempo se repete várias vezes, sem que os personagens tenham consciência do fato. Com ou sem o desfecho final, O Elo Perdido sempre será uma bela lembrança da minha infância, que ficará guardada para sempre em meu coração! 


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