quarta-feira, 29 de julho de 2015

Divertida Mente / Inside Out (2015)




A primeira vez que ouvi algo sobre a animação Divertida Mente / Inside Out (2015), foi um ano antes do seu lançamento no Brasil. Confesso que fiquei preocupado, porque a PIXAR divulgou inicialmente que a história se passaria dentro da cabeça de uma menina de 11 anos. Como seria possível transformar emoções como Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho em personagens? Minha ansiedade aumentou ainda mais quando li que a animação Divertida Mente havia sido aplaudida de pé no Festival de Cinema de Cannes 2015. Finalmente as férias de meio de ano chegaram, a animação foi lançada nos cinemas e fui surpreendido com o enorme número de críticas negativas! Vários pais e mães reclamaram que a história era longa, cansativa e confusa. Como cinéfilo blogueiro, assisti a animação em 3D numa sala quase vazia, um mês após o lançamento.




Lamento informar, mas a animação não é apropriada para crianças até 10 anos. A história mostrava uma menina de 11 anos vivendo situações cotidianas, porém nós acompanhávamos as discussões de suas emoções dentro do seu cérebro. As crianças pequenas se desinteressaram pela animação, porque não entenderam qual era a relação entre os 5 personagens coloridos e a menina. A animação dirigida pelo competente Pete Docter, conta a história da menina Riley, uma apaixonada jogadora do time de hóquei no gelo da escola. Seus problemas começaram quando sua família decidiu se mudar do gelado estado de Minesota, para a quente cidade de São Francisco na Califórnia. A traumática decisão familiar afetou a vida da menina, que se desestruturou, porque foi obrigada a deixar o time de hóquei da escola e perdeu todos os seus amigos de infância.




Eu fiquei completamente apaixonado por Divertida Mente, porque a animação soube como descrever um cérebro humano e suas emoções de forma simples. Cada momento da vida de Riley se tornava uma bolinha colorida, que ficava guardada em enormes prateleiras de sua memória de longo prazo. Por exemplo, bolinhas amarelas representavam momentos alegres, enquanto as bolinhas azuis definiam momentos tristes. Ainda haviam as bolas vermelhas da raiva, as roxas do medo e as verdes de nojinho. Os 5 sentimentos viviam numa sala de comando central, rodeados pelas ilhas da personalidade de Riley, que representavam a família, os amigos, a bobeira, o hóquei e a honestidade. Os problemas surgiram no dia em que a menina chegou a São Francisco e por acidente, a Alegria e a Tristeza foram sugadas por um tubo e jogadas para outras partes do cérebro da menina.




Perdidas num labirinto colorido no cérebro de Riley, a Alegria e a Tristeza conheceram a Terra da Imaginação, Produção de Sonhos, Trem do Pensamento, Vale dos Momentos Esquecidos, Os Traumas Infantis e o Amigo Imaginário da Infância Bing Bong. Enquanto isso, os sentimentos de Raiva, Medo e Nojinho, deixavam a menina com um comportamento horroroso. Emocionei-me com o amigo imaginário deprimido, que estava triste por ter sido jogado no Vale dos Momentos Esquecidos. Michael Giacchino mais uma vez, conseguiu criar uma atmosfera mágica com sua belíssima trilha sonora. Fiquei encantado por Divertida Mente e considero como uma das melhores animações da PIXAR, porque de forma simples, mostrou ao público que todos os momentos de nossas vidas são importantes. Um animação inteligente e divertida que nos convida a fazer uma reflexão sobre a vida, numa mágica e inesquecível sessão de cinema.



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