sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Os 33 / The 33 (2015)



O mundo inteiro rezou pelos mineiros soterrados numa mina chilena em 2010. Acompanhei a história pela internet e na televisão, mas confesso que eu não tinha noção da gravidade da situação. Mesmo sabendo como essa história terminou, fiquei muito curioso para assistir ao longa-metragem lançado em 2015. Eu queria saber como foi a rotina dos mineiros, que lutaram por suas vidas por 69 dias, numa mina profunda de ouro e cobre! A mina San José ficava no Deserto do Atacama no Chile, que é o mais alto do mundo e o mais seco. Sua altitude varia de 2.300 metros na cidade de San Pedro até 6.000 metros nos picos de alguns vulcões. A temperatura oscila entre 0º Celsius de noite e 40º Celsius durante o dia. O subsolo possui rochas muito duras, que escondem jazidas de cobre e ouro e os mineiros rezam com muita fé para pedir proteção nesse trabalho tão arriscado. 




A mina San José pertencia a empresa San Esteban e ficava no Deserto do Atacama. Foi o centro das atenções do mundo inteiro em 2010, quando 33 mineiros ficaram presos a 700 metros de profundidade. No longa-metragem, dirigido pela sensível Patrícia Riggen, foram destacados 8 mineiros. O chefe dos garimpeiros na mina era Don Lucho (Lou Diamond Phillips). Mário Sepúlveda (Antonio Banderas) era casado e tinha uma filha adolescente. Álex Vega (Mário Casas) tinha uma noiva e ela estava grávida. Darío Segóvia (Juan Pablo Raba) era o irmão mais novo de Maria Segóvia (Juliette Binoche). Yonni Barrios (Oscar Núñez) dividia seu tempo entre a esposa e a amante, que ironicamente eram vizinhas. Mario Gómez (Gustavo Angarita) era o mais velho e estava prestes a se aposentar. Carlos Mamani (Tenoch Huerta) era um boliviano que vivia seu primeiro dia de trabalho. Edison “Elvis” Peña (Jacob Vargas) era muito religioso e sempre acalmava os garimpeiros rezando em voz alta, nos momentos de desespero. 




No dia 05 de agosto de 2010, houve um grande desabamento na mina e os 33 mineiros fugiram em pequenos caminhões para a parte de baixo. Ficaram abrigados no “Refúgio”, um alojamento localizado a 700 metros de profundidade. A reserva de água e comida deveria ser suficiente para 15 homens durante 3 dias, porém a despensa não tinha sido abastecida. Laurence Golborne (Rodrigo Santoro) era o Ministro da Mineração do Chile e preocupado com as repercussões políticas do desabamento, pediu ao presidente Sebastián Piñera (Bob Gunton) para viajar até a mina San José. No dia seguinte ao desabamento, membros do governo e a imprensa já estavam no local. As famílias estavam desesperadas porque ainda não havia nenhuma informação oficial sobre a situação dos mineiros e de um possível resgate. 




André Sougarret (Gabriel Byrne) era um Engenheiro de Minas especializado em perfurações no solo. Estava muito preocupado porque mesmo trazendo 10 perfuratrizes, o prazo mínimo para o resgate seria de 8 dias. Maria Segóvia, que tinha um irmão preso na mina, liderava os protestos dos familiares contra as autoridades chilenas. Enquanto isso, os mineiros discutiam desesperadamente, porque tinham descoberto que as escadas e as chaminés da mina haviam sido soterradas. Mário Sepúlveda liderou os mineiros e logo conseguiram religar as luzes. Em poucos dias haviam 300 familiares na região e fundaram o “Acampamento Esperança” e o governo chileno decidiu construir refeitório, posto médico e escola para as crianças. No 11º dia soterrados, os mineiros bebiam 1 pequeno gole de água e tomavam uma colher de chá de azeite por dia. 




No 17º dia a perfuratriz foi direcionada para uma região improvável. Mário ouviu um ruído muito próximo da parte superior do Refúgio e logo a broca rompeu a pedra e a luz solar apareceu. Felicidade! Os mineiros bateram na broca, pintaram sua ponta e ainda amarram um bilhete que dizia: “Estamos todos bem no Refúgio. Somos 33 pessoas”. Naquele dia todos os familiares no “Acampamento Esperança” agradeciam a Deus pelas bênçãos! Os garimpeiros passaram a receber comida líquida da NASA, remédios, cartas e muito mais por um pequeno tubo de 14 centímetros de diâmetro. No 54º dia, só uma perfuratriz americana ainda funcionava. Os mineiros estavam desesperados, agressivos, estressados e não havia uma solução para retirá-los do “Refúgio” a 700 metros de profundidade. Não existia um modo de trazer os mineiros para a superfície. Mario Sepúlveda pediu união dos 33 e disse que todos seriam irmãos para sempre! 




Entre os inúmeros projetos sugeridos pelas nações, surgiu uma solução criativa e trabalhosa. O problema é que as equipes de resgate não sabiam se era segura para os mineiros. Além disso, a dureza das rochas dificultaria muito a realização desse projeto. Sem alternativas, os engenheiros tiveram que aceitar o desafio, comunicando aos mineiros que se esse plano desse errado, infelizmente eles ficariam presos na mina até morrer! O desfecho final da história é emocionante, porque nem tudo saiu como planejado. O sentimento de claustrofobia é enorme e a incerteza do sucesso da operação de resgate é desesperador. Tenha muita fé, prepare-se para fortes emoções e lembre-se que essa foi uma história real.



Minha Vida no Cinema 

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