sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Clube dos Cinco / The Breakfast Club (1985)




O diretor John Hughes soube como representar uma geração de adolescentes nas telas do cinema nos anos 80. Graças a sua sensibilidade, observou os jovens e depois retratou seus sonhos e frustrações nas telonas. Sou fã do diretor e gosto muito de grande parte de sua filmografia! Embora sua obra mais popular seja Curtindo a Vida Adoidado / Ferris Bueller's Day Off (1986), que inseriu o fantástico personagem Ferris Bueller na cultura pop mundial, não acredito que seja o seu melhor trabalho. Na minha opinião, a obra-prima de John Hughes é o filme Clube dos Cinco / The Breakfast Club (1985), porque o diretor trouxe para o cinema uma crítica sobre os problemas da escola tradicional dos anos 80, defendendo a liberdade dos adolescentes. Naquela época, justamente quando nossa criatividade estava na plenitude, surgiram as inúmeras regras castradoras. Ironicamente, a curiosidade e a criatividade nunca foram vistas com bons olhos na escola, justamente o lugar onde deveriam ser mais valorizadas. 




 O longa-metragem Clube dos Cinco reflete muito bem os desejos e insatisfações dos jovens estudantes da década de 80. O tema principal Don´t You (Forget About Me) da banda Simple Minds ficou eternizado. Na época em que éramos adolescentes, onde seria fundamental exercitar a criatividade e idealizar o futuro, fomos cerceados. Os diretores nunca foram nossos amigos e estavam sempre dispostos a punir. Nosso espírito jovem era equivocadamente tratado como rebeldia! Na história do filme, cinco estudantes adolescentes, são obrigados a passar o sábado de castigo na escola, como punição pelas suas falhas. O atleta Andrew Clarke (Emilio Estevez), a bela Claire Standish (Molly Ringwald), o inteligente Brian Johnson (Anthony Michael Hall), a isolada Allison Reynolds (Ally Sheedy) e o rebelde John Bender (Judd Nelson), foram obrigados a se apresentar às 7 horas da manhã na escola. O antipático diretor, exigiu que eles escrevessem uma redação, que descrevesse suas personalidades em 1000 palavras. O problema surgiu porque adolescentes estavam em transformação constante e o autoconhecimento nessa fase era quase impossível. 




Sozinhos e trancados na biblioteca, começaram a brigar, porque aparentemente eram muito diferentes entre si. Afinal de contas, havia algo em comum entre o atleta galã, a bela mimada, o nerd inteligente, a isolada esquisita e o rebelde mais temido do colégio? Confinados eles perceberam que se os estereótipos fossem deixados de lado, eles descobririam muitas coisas em comum! Sem perceber fizeram uma terapia em grupo e entenderam que o maniqueísmo ali não existia. Todos possuíam um lado obscuro, que aflorava como forma de descontar no mundo, as suas frustrações mais secretas. Aos poucos concluíram que todos tinham um senso de humanidade, que não aflorava publicamente porque precisavam manter seus estereótipos escolares. Você certamente se reconhecerá em algum deles e também identificará alunos do seu tempo de colégio. Infelizmente, você poderá descobrir tardiamente, que aquela pessoa diferente, tinha coisas interessantes para contar e que você perdeu grandes oportunidades de encontrar novos amigos que poderiam ter trazido ideias novas para a sua vida! 


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