Um dos maiores
orgulhos que tenho como cinéfilo é ter assistido ao filme E.T. - O Extraterrestre / E.T. the Extra-Terrestrial na tela do cinema
em 1982. A sala estava completamente lotada e quando as luzes se
apagaram, fiquei envolvido pela trilha sonora do inigualável maestro
John Williams. Na história do longa-metragem, o garoto Elliot (Henry
Thomas), encontra um extraterrestre perdido no quintal de sua casa.
Confesso que a primeira vez que eu vi o E.T. em cena, a minha
impressão não foi das melhores porque ele era feio e esquisito, mas
em poucos minutos de filme percebi que a sua verdadeira beleza era
interior. Aquele baixinho com a ponta do dedo iluminada conquistou
rapidamente toda a plateia, porque assim como uma criança, ele
queria conhecer todas as novidades daquele mundo novo. Além disso as
crianças eram solidárias ao seu sofrimento porque ele sentia
saudades de casa. Minha identificação com a aventura do filme era
enorme, porque eu também tinha uma turma de amigos para a vida
inteira que andava de bicicleta por todo lado.
Os jovens
viveram as mais variadas experiências com aquele E.T. bondoso e
curioso. Aos poucos o menino e o extraterrestre começaram a viver em
simbiose pela intensidade da afinidade entre eles. Toda aquela
aventura parecia um sonho, mas infelizmente as autoridades
descobriram que o extraterrestre estava escondido na casa de Elliot.
Jamais esquecerei o quanto eu sofri quando eles invadiram a casa para
prender o extraterrestre! Como criança eu não entendia porque
alguém deveria ser caçado por ser diferente. Ao mesmo tempo em que
o filme desperta sentimentos doces na plateia, gera reflexões sobre
preconceito e intolerância. Exatamente por isso é que eu vibrei
quando as crianças fugiram das autoridades com suas bicicletas,
levando o E.T. sentado na cestinha do guidão. Pedalei junto com
aquelas crianças na poltrona do cinema e fiquei aflito quando eles
foram encurralados pela polícia. Foi quando o diretor Steven
Spielberg, nos presenteou com uma das cenas mais lindas da história
do cinema! Quando os carros bloquearam a passagem, as bicicletas começaram a voar, tendo a Lua como fundo e a trilha sonora de John
Williams para nos fazer chorar. Simplesmente maravilhoso!
Finalmente as
crianças chegaram ao local em que o E.T. seria resgatado pela
tripulação de sua nave e senti uma mistura de alegria e tristeza,
porque era como se um grande amigo meu fosse viajar para sempre. A
nave pousou e antes de embarcar o E.T. colocou a ponta iluminada do
dedo na testa de Elliot e disse: “Eu estarei bem
aqui.” Inesquecível. Naquela tarde a emoção do filme
tomou conta de mim. Jamais eu poderia supor que o filme E.T. - O
Extraterrestre, dirigido por Steven Spielberg, seria um clássico para as futuras gerações,
que ganharia 4 prêmios OSCAR e que se tornaria o filme mais visto da
história do cinema (título mantido até 1993). Já em 2014 eu
assisti novamente o longa-metragem, acompanhado de algumas crianças
e fiquei impressionado pela emoção e alegria que elas sentiram
assistindo ao filme. Elas riram, torceram e choraram exatamente como
eu fiz em 1982 no cinema! Definitivamente E.T. - O Extraterrestre é
um filme que não envelheceu e certamente encantará cada nova
geração.
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