sexta-feira, 29 de agosto de 2014

E.T. - O Extraterrestre / E.T. the Extra-Terrestrial (1982)



Um dos maiores orgulhos que tenho como cinéfilo é ter assistido ao filme E.T. - O Extraterrestre / E.T. the Extra-Terrestrial na tela do cinema em 1982. A sala estava completamente lotada e quando as luzes se apagaram, fiquei envolvido pela trilha sonora do inigualável maestro John Williams. Na história do longa-metragem, o garoto Elliot (Henry Thomas), encontra um extraterrestre perdido no quintal de sua casa. Confesso que a primeira vez que eu vi o E.T. em cena, a minha impressão não foi das melhores porque ele era feio e esquisito, mas em poucos minutos de filme percebi que a sua verdadeira beleza era interior. Aquele baixinho com a ponta do dedo iluminada conquistou rapidamente toda a plateia, porque assim como uma criança, ele queria conhecer todas as novidades daquele mundo novo. Além disso as crianças eram solidárias ao seu sofrimento porque ele sentia saudades de casa. Minha identificação com a aventura do filme era enorme, porque eu também tinha uma turma de amigos para a vida inteira que andava de bicicleta por todo lado. 




Os jovens viveram as mais variadas experiências com aquele E.T. bondoso e curioso. Aos poucos o menino e o extraterrestre começaram a viver em simbiose pela intensidade da afinidade entre eles. Toda aquela aventura parecia um sonho, mas infelizmente as autoridades descobriram que o extraterrestre estava escondido na casa de Elliot. Jamais esquecerei o quanto eu sofri quando eles invadiram a casa para prender o extraterrestre! Como criança eu não entendia porque alguém deveria ser caçado por ser diferente. Ao mesmo tempo em que o filme desperta sentimentos doces na plateia, gera reflexões sobre preconceito e intolerância. Exatamente por isso é que eu vibrei quando as crianças fugiram das autoridades com suas bicicletas, levando o E.T. sentado na cestinha do guidão. Pedalei junto com aquelas crianças na poltrona do cinema e fiquei aflito quando eles foram encurralados pela polícia. Foi quando o diretor Steven Spielberg, nos presenteou com uma das cenas mais lindas da história do cinema! Quando os carros bloquearam a passagem, as bicicletas começaram a voar, tendo a Lua como fundo e a trilha sonora de John Williams para nos fazer chorar. Simplesmente maravilhoso! 




Finalmente as crianças chegaram ao local em que o E.T. seria resgatado pela tripulação de sua nave e senti uma mistura de alegria e tristeza, porque era como se um grande amigo meu fosse viajar para sempre. A nave pousou e antes de embarcar o E.T. colocou a ponta iluminada do dedo na testa de Elliot e disse: “Eu estarei bem aqui.” Inesquecível. Naquela tarde a emoção do filme tomou conta de mim. Jamais eu poderia supor que o filme E.T. - O Extraterrestre, dirigido por Steven Spielberg, seria um clássico para as futuras gerações, que ganharia 4 prêmios OSCAR e que se tornaria o filme mais visto da história do cinema (título mantido até 1993). Já em 2014 eu assisti novamente o longa-metragem, acompanhado de algumas crianças e fiquei impressionado pela emoção e alegria que elas sentiram assistindo ao filme. Elas riram, torceram e choraram exatamente como eu fiz em 1982 no cinema! Definitivamente E.T. - O Extraterrestre é um filme que não envelheceu e certamente encantará cada nova geração. 


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