quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Em Algum Lugar do Passado / Somewhere in Time (1980)




Adoro as histórias sobre o tema viagem no tempo! Em Algum Lugar do Passado / Somewhere in Time (1980) é um filme ambientado nos anos de 1912, 1972, 1980 e a forma encontrada para viajar de uma época para outra é a hipnose por autossugestão. É baseado no livro “Bid Time Return” (1975) do escritor Richard Matheson, que curiosamente fez uma participação nessa adaptação cinematográfica. O longa-metragem dirigido pelo diretor Jeannot Szwarc foi um sucesso, porque a história é romântica, a trilha sonora composta e a orquestrada pelo maestro John Barry (1933 – 2011) são emocionantes, os figurinos são impecáveis e o Grande Hotel em Mackinac Island (Michigan) é maravilhoso! A história começou em 1972, quando o jovem escritor Richard Collier (Christopher Reeve), comemorava o lançamento do seu livro intitulado “Primavera Demais”. Inesperadamente, uma senhora idosa (Susan French) aproximou-se dele, colocou um relógio de bolso dourado em sua mão, disse “Volte para mim!” e foi embora em silêncio. 




Oito anos depois, aquela história ainda era um mistério para Richard Collier, que já era um escritor de sucesso em Chicago. Infelizmente ele estava sem inspiração para escrever um novo livro e pressionado pelo editor resolveu viajar. Após várias horas de viagem, encontrou o belíssimo Grande Hotel em Mackinac Island (Michigan) e se hospedou. Foi recebido por Arthur Biehl (Bill Erwin), o funcionário mais antigo do hotel. Ele vivia ali desde 1910, porque aos 5 anos foi morar com seu pai no alojamento dos funcionários. Curiosamente Arthur tinha a impressão de que já conhecia aquele hóspede. Antes do almoço, Richard passeou pelo saguão do hotel e entrou no Salão Histórico. Passeou tranquilamente, até que encontrou o retrato de uma linda mulher, que ele conhecia de algum lugar. Richard ficou confuso quando descobriu que ela era Elise McKenna (Jane Seymour), a estrela principal de uma companhia de teatro, que se apresentou no Grande Hotel em 1912.




Completamente apaixonado pela senhorita McKenna, o escritor Richard Collier procurou informações na biblioteca e descobriu o seu endereço. Foi até a casa e conversou com Laura Roberts (Teresa Wright) e descobriu que a atriz tinha falecido em 1972, após o encontro com Richard, na noite de lançamento de seu livro intitulado “Primavera Demais”. Naquele momento, ele descobriu que a senhora idosa que lhe presenteou com um relógio de bolso dourado era Elise McKenna e que o livro preferido dela era “Viagem Através do Tempo” de Gerald Finney (George Voskovec). Richard procurou o autor do livro e descobriu que teoricamente a autossugestão hipnótica, poderia fazer uma pessoa voltar no tempo, desde que o local da experiência tivesse uma decoração parecida com aquela do passado. Empolgado com a possibilidade de encontrar a senhorita McKenna em 1912, o escritor Richard Collier comprou um terno e várias moedas num antiquário. Voltou para o hotel e gravou numa fita K-7 a seguinte frase várias vezes: “Eu vou encontrar você!”




No dia seguinte, ele voltou 68 anos no tempo e assinou o livro de registro de hóspedes em 28 de junho de 1912. Encontrou Elise McKenna num belo jardim e se apaixonou! Curiosamente, a primeira frase que ela disse foi: “É você?” Quem não aprovou a aproximação daquele rapaz petulante foi William Fawcett Robinson (Christopher Plummer), o empresário da jovem atriz. Ele já tinha investido muito dinheiro na carreira dela e não aceitaria perder sua estrela para um aventureiro qualquer. Porém a senhorita McKenna gostou de Richard e aceitou o convite para passear e conversar. Nascia ali uma grande paixão e naquela noite ela reservou uma poltrona especial para que seu amado pudesse vê-la no palco. Numa das cenas mais lindas do longa-metragem, Richard entrou nos bastidores e observou que aquela linda mulher, se preparava para tirar um retrato. Quando ela viu o amado, seus olhos brilharam e a mais bela fotografia da carreira da atriz surgiu.




Inconformado com aquela paixão, William contratou dois capangas para afastar Richard de Elise. No dia seguinte, o escritor acordou no estábulo, com as mãos amarradas. Correu para o saguão do hotel e se desesperou ao saber que a companhia de teatro tinha ido embora. Desolado, sentou-se na varanda e ficou olhando a paisagem. Foi quando viu Elise passeando pelo jardim! Ela tinha rompido com a companhia e estava esperando por Richard. Foram para o quarto dela e tiveram uma linda noite juntos e fizeram planos futuros. Porém aquele relacionamento gerava muitas dúvidas. Richard Collier conseguiria viver em 1912 por muito tempo? Como explicar que Elise McKenna e Arthur Biehl tinham a impressão de já conhecer Richard no primeiro encontro? Seria a prova do loop temporal? Após o desfecho do longa-metragem, pensei o seguinte: “Se não houvesse a possibilidade da viagem no tempo, a realidade de Richard Collier seria em 1912 ou 1980?”


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