quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Quarteto Fantástico / The Fantastic Four (2015)



Sempre fui fã do Quarteto Fantástico e o meu personagem favorito é o Coisa. Quando criança eu adorava assistir ao desenho animado intitulado Os 4 Fantásticos. Criados por Stan Lee e Jack Kirby na década de 60, os personagens ganharam superpoderes após uma viagem espacial em que foram surpreendidos por uma tempestade de raios cósmicos. O corpo de Reed Richards tornou-se elástico e sua esposa Sue Storm desenvolveu a capacidade da invisibilidade. Johnny Storm conseguia inflamar seu corpo e Ben Grimm transformou-se num monstro de pedra. No cinema fiz questão de assistir Quarteto Fantástico (2005) e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007). Em 2015 a FOX lançou uma nova aventura dos heróis no cinema e eu fiquei perplexo com a enorme quantidade de críticas negativas ao filme.




Eu assisti ao longa-metragem Quarteto Fantástico / The Fantastic Four (2015) no cinema e percebi que houve um desencontro lamentável entre a FOX e o diretor Josh Trank, que resultou numa revolta exagerada dos fãs do Quarteto Fantástico. Primeiramente quero destacar que o roteiro do longa-metragem foi baseado no Universo Ultimate, criado por Mark Millar, Brian Michael Bendis e Adam Kubert, que é completamente diferente do Universo MARVEL original. Nessa nova versão, os personagens são jovens e ainda frequentam a escola. Reed é o melhor amigo de Ben. Sue e Johnny são filhos de Franklin Storm, o fundador dos laboratórios BAXTER. O acidente que deu origem aos poderes dos personagens aconteceu numa máquina de teletransporte no laboratório e não durante uma viagem espacial.




O diretor Josh Trank foi inovador quando trouxe o Universo Ultimate para as telas de cinema, porém cometeu alguns erros que prejudicaram o seu trabalho. O longa-metragem parecia uma ficção científica devido ao seu ritmo lento e o tom sombrio. Um grave erro do roteiro foi modificar a história da mutação dos personagens na máquina de teletransporte, não enviando um dos membros do Quarteto Fantástico para o Planeta Zero, repleto de lava vulcânica e onde ocorreram as mutações. Outro erro do roteiro foi inserir um salto de 1 ano no tempo, logo após as mutações dos personagens e não houve aprofundamento dos sentimentos dos personagens, principalmente da revolta do Coisa. Com a alta tensão criada nos bastidores, Josh Trank acabou sendo demitido e afirmou que a versão final do longa-metragem no cinema é muito diferente da versão dele.




Apesar dos problemas de roteiro e bastidores, considero Quarteto Fantástico um filme bom, porque não deixa a maioria dos fãs frustrados. No final do longa-metragem, Reed Richards – Senhor Fantástico (Miles Teller), Sue Storm – Mulher Invisível (Kate Mara), Johnny Storm – Tocha Humana (Michael B. Jordan) e Benn Grimm – o Coisa (Jamie Bell) enfrentam o vilão Victor Von Doom - Doutor Destino (Toby Kebbell). Embora o combate não tenha sido tão empolgante, houve o trabalho em equipe. O Coisa até disse: “Tá na hora do pau!” Lamento que a trilha sonora não foi marcante, muitas cenas do trailer não estão no filme e não houve cena pós-crédito. Obviamente Quarteto Fantástico não tem o mesmo nível da franquia X-Men, mas como cinéfilo não concordo com o rótulo dado pelos fãs mais exaltados, de pior longa-metragem de heróis da história do cinema.


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