Sempre
fui fã do Quarteto Fantástico e o meu personagem favorito é o
Coisa. Quando criança eu adorava assistir ao desenho animado
intitulado Os 4 Fantásticos. Criados por Stan Lee e Jack Kirby na
década de 60, os personagens ganharam superpoderes após uma viagem
espacial em que foram surpreendidos por uma tempestade de raios
cósmicos. O corpo de Reed Richards tornou-se elástico e sua esposa
Sue Storm desenvolveu a capacidade da invisibilidade. Johnny Storm
conseguia inflamar seu corpo e Ben Grimm transformou-se num monstro
de pedra. No cinema fiz questão de assistir Quarteto Fantástico
(2005) e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007). Em 2015 a
FOX lançou uma nova aventura dos heróis no cinema e eu fiquei
perplexo com a enorme quantidade de críticas negativas ao filme.
Eu
assisti ao longa-metragem Quarteto Fantástico / The Fantastic Four (2015) no cinema e percebi que houve um desencontro lamentável entre a FOX
e o diretor Josh Trank, que resultou numa revolta exagerada dos fãs
do Quarteto Fantástico. Primeiramente quero destacar que o roteiro
do longa-metragem foi baseado no Universo Ultimate, criado por Mark
Millar, Brian Michael Bendis e Adam Kubert, que é completamente
diferente do Universo MARVEL original. Nessa nova versão, os
personagens são jovens e ainda frequentam a escola. Reed é o melhor
amigo de Ben. Sue e Johnny são filhos de Franklin Storm, o fundador dos
laboratórios BAXTER. O acidente que deu origem aos poderes dos
personagens aconteceu numa máquina de teletransporte no laboratório
e não durante uma viagem espacial.
O
diretor Josh Trank foi inovador quando trouxe o Universo Ultimate
para as telas de cinema, porém cometeu alguns erros que prejudicaram
o seu trabalho. O longa-metragem parecia uma ficção científica
devido ao seu ritmo lento e o tom sombrio. Um grave erro do roteiro
foi modificar a história da mutação dos personagens na máquina de
teletransporte, não enviando um dos membros do Quarteto Fantástico
para o Planeta Zero, repleto de lava vulcânica e onde ocorreram as mutações. Outro erro do
roteiro foi inserir um salto de 1 ano no tempo, logo após as
mutações dos personagens e não houve aprofundamento dos
sentimentos dos personagens, principalmente da revolta do Coisa. Com
a alta tensão criada nos bastidores, Josh Trank acabou sendo
demitido e afirmou que a versão final do longa-metragem no cinema é
muito diferente da versão dele.
Apesar
dos problemas de roteiro e bastidores, considero Quarteto Fantástico
um filme bom, porque não deixa a maioria dos fãs frustrados. No
final do longa-metragem, Reed Richards – Senhor Fantástico (Miles
Teller), Sue Storm – Mulher Invisível (Kate Mara), Johnny Storm –
Tocha Humana (Michael B. Jordan) e Benn Grimm – o Coisa (Jamie
Bell) enfrentam o vilão Victor Von Doom - Doutor Destino (Toby
Kebbell). Embora o combate não tenha sido tão empolgante, houve o
trabalho em equipe. O Coisa até disse: “Tá na hora do pau!”
Lamento que a trilha sonora não foi marcante, muitas cenas do
trailer não estão no filme e não houve cena pós-crédito.
Obviamente Quarteto Fantástico não tem o mesmo nível da franquia
X-Men, mas como cinéfilo não concordo com o rótulo dado pelos fãs
mais exaltados, de pior longa-metragem de heróis da história do
cinema.
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