Quando
o diretor J.J. Abrams anunciou que faria um filme em homenagem aos
anos 80, com produção de Steven Spielberg, fiquei empolgado porque
sou apaixonado pelos grandes clássicos daquela época como E.T – O
Extraterrestre / E.T. - The Extra-Terrestrial (1982) e Os Goonies / The Goonies (1985). A magia aconteceu porque o lançamento do longa-metragem ocorreu em 2011, mas os fatos ocorreram na década de 80. Super 8 contou a história do
adolescente Joe Lamb, que vivia na pacata cidade de Lillian. Ele vivia o
momento mais difícil de sua vida, porque sua mãe morreu após um
grave acidente na fábrica em que trabalhava. Para complicar as
coisas, ele não se entendia com seu pai, um policial rígido que não aprovava
as amizades do filho. O que irritava seu pai é que Joe e seus amigos eram apaixonados por filmes de terror e mortos-vivos. A turma decidiu fazer um filme de zumbis, com uma
câmera Super 8, para participar de um concurso. Na noite da gravação na estação,
eles testemunharam um acidente de trem e descobriram que uma criatura
misteriosa, estava sendo transportada da Área 51 para Ohio pela Força Aérea.
Assisti
ao longa-metragem Super 8 no cinema e tive a sensação de viajar no
tempo, porque parecia que eu estava numa matinê dos anos 80. A trilha
sonora de Michael Giacchino emocionou do começo ao fim! Os elementos
que me encantaram no passado, estavam na tela, como a turma do bairro
que adorava andar de bicicleta e mistérios que desafiavam a própria
lógica. Uma das cenas mais comentadas do filme, foi aquela que mostrava
o descarrilamento do trem. Os efeitos especiais e a edição de
som estavam impressionantes. A sequência de cenas do acidente e as
explosões criaram uma atmosfera de caos, que culminou quando um dos
vagões do trem ganhou destaque. Uma criatura que estava trancada ali, começou a urrar e bater contra as paredes, amassando o metal. Na
sequência, a imagem focou num rasgo no vagão e foi desesperador para a turma, perceber que a criatura tinha fugido. Seguindo
uma regra de ouro de filmes antigos de sucesso, o diretor optou por
não mostrar a criatura que estava naquele vagão. O mistério só aumentou o clima de
medo e suspense da turma formada por Joe
(Joel Courtney), Alice (Elle Fanning), Charles (Riley Griffiths),
Cary (Ryan Lee), Martin (Gabriel Basso).
O mistério
sobre a criatura domina grande parte do longa-metragem, mas também há
espaço para o conflito emocional do jovem Joe Lamb. Ele desejava
seguir sua vida, mas estava preso ao inconformismo pela morte prematura da mãe.
Para complicar ainda mais, Joe estava completamente
apaixonado por Alice, a filha do homem que causou o acidente que
matou a sua mãe. A trama era inteligente e sutil, porque aproximava o garoto a criatura presa pela Força Aérea. É interessante notar,
que apesar de serem de espécies diferentes, tanto a criatura quanto o garoto, sofriam de saudade e
medo. Esses sentimentos reprimidos geravam um comportamento agressivo dos dois e o garoto agredia o pai e a criatura atacava as pessoas. Porém quando o garoto e a criatura se olharam pela primeira vez, perceberam que tinham o mesmo olhar triste e sofrido. A sequência do encontro dos dois foi uma das mais emocionantes do filme!
Para
seguir a sua vida em paz, Joe precisava desapegar dos sentimentos de perda
e revolta. Curiosamente a oportunidade de deixar as suas dores
emocionais irem embora, seria através daquela criatura. Eu me apaixonei pelo filme
Super 8, mas infelizmente o título não
colaborou para o sucesso de público no Brasil. Câmeras Super 8
nunca foram populares no país e dessa forma o título não trouxe
nenhuma referência para o público. Talvez o título “Câmera
Super 8” despertasse mais a atenção dos frequentadores das salas de cinema.
Algumas pessoas chegaram a pensar que Super 8 seria um filme sobre super heróis! Porém o grande mistério do longa-metragem foi não mostrar nos trailers e no poster se a criatura era uma
experiência genética, monstro ou alienígena! Você só saberá a resposta se assistir ao
longa-metragem. Acredite que você irá gostar de Super 8, porque a história repleta de drama e ficção científica, emociona como os grandes filmes dos bons tempos das matinês.
Blog Minha Vida
no Cinema
www.minhavida-nocinema.blogspot.com.br
www.facebook.com/minhavidanocinema
minhavidanocinema@gmail.com